Desde
2010, o Hospital Amaral Carvalho (HAC) é credenciado para realização de
cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, além de ser
referência nacional em tratamento de câncer e transplante de medula óssea, a
instituição é considerada pela Diretoria Regional de Saúde – Bauru, referência
no Estado de São Paulo em bariátrica e desenvolve atividades de acompanhamento
e apoio aos pacientes obesos.
O
tratamento na bariátrica resulta em uma completa mudança na vida do paciente
obeso. Além de acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por
médicos, cirurgiões, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas,
assistentes sociais e prófissionais da área odontológica, neste ano os
pacientes passaram a receber apoio de terapeutas ocupacionais.
Márcia Maria Shirley Boletti Pengo, terapeuta ocupacional que idealizou o
projeto de processo terapêutico para pacientes obesos, esclarece que, pelo fato
da terapia ocupacional trabalhar com recursos que possibilitam a análise,
orientação e condução de atividides introdutoras e promotoras de mudanças em
contextos desfavoráveis, a assistência a portadores de obesidade é essencial.
A profissional afirma que os pacientes com obesidade, são pessoas que se
encontram em crise com seu corpo e, em sua maioria, possuem limitações que
dificultam o desempenho no trabalho, nos serviços domésticos, repercutindo em
pouca independência para as atividades diárias.
Processo
terapêutico
Márcia relata que o acompanhameto terapêutico com as pessoas portadora de
obsidade consiste em esclarecer que não basta somente a perda de peso. “É
necessário ajudar o indivíduo a construir e reconstruir um projeto
pessoal que permita sua readaptação à vida.”
Em encontros semanais que duram pouco mais de uma hora, profissionais do setor
de Terapia Ocupacional do HAC realizam atividades com os pacientes que envolvem
seu cotidiano e que só trazem benefícios a eles. “Hoje oferecemos suporte a
mais de 30 pacientes da Bariátrica. A cada reunião são abordadas atividades do
dia a dia e de interesse de cada um”, conta a terapeuta ocupacional.
Um dos pontos mais importantes, de acordo com Márcia, é que
a cada encontro, a troca de informações entre os pacientes e profissionais, e
as atividades, colaboram para a evolução de cada indivíduo. “A melhora é
nítida, primeiro, pelo próprio retorno e o comprometimento que passam a
ter com seus afazeres, o que antes não ocorria, e também pela
conduta já modificada na vida cotidiana, onde as atividades passam a ocupar um
espaço em suas vidas, que antes era “comer”, explica.