Sem
dúvida alguma 2014 será um ano atípico para o comércio, afinal, o país sediará
dois grandes acontecimentos que poderão impulsionar as vendas no varejo. Apesar
de serem dois possíveis fomentadores de negócios, os eventos exigirão estratégias
distintas das empresas.
Apaixonados
pelo futebol, o brasileiros não dispensam uma boa festa para torcer durante os
jogos. Um dos setores que mais lucram com esse fanatismo é o de bares e
restaurantes que disponibilizam a transmissão das partidas. O clima da
competição estimula o consumo de petiscos, refeições e bebidas, e quanto maior
a criatividade do empresário, mais intenso o movimento nos estabelecimentos.
O
presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Ourinhos, Diógenes
Correa Leite, enfatiza que a Copa do Mundo merece uma atenção especial do setor
de bares e restaurantes, que precisa criar atrativos para atrair o consumidor.
“É extremamente importante criar no local o ambiente da Copa do Mundo,
planejando uma decoração alusiva e promovendo ações de marketing específicas
para envolver o cliente e deixá-lo à vontade para consumir mais”.
Os
supermercados também devem sentir esse aquecimento. Produtos como petiscos,
bebidas e itens para churrasco são os mais procurados por aqueles que preferem
assistir os jogos em casa e na companhia dos familiares e amigos.
Seja
no conforto do lar ou no agito dos bares, o torcedor não abre mão de estar
devidamente caracterizado com uniformes e acessórios de torcida. Para atender a
demanda deste ano, as lojas de plásticos, confecções e adereços, por exemplo,
já preparam o estoque para atender os consumidores com uma grande variedade de
produtos em verde e amarelo, como copos, buzinas, camisetas e bonés, além das
bandeiras do Brasil.
De
acordo com a Federação do Comércio, o momento é também oportuno para o mercado
moveleiro e eletrônico. A expectativa é alta para as vendas de televisores e
utensílios para a sala de estar já primeiro semestre do ano.
Eleições
Já
o período eleitoral é responsável por dobrar o faturamento de muitas empresas
do setor gráfico. Até mesmo as restrições impostas pelo código eleitoral - que acabaram
brecando a produção de alguns itens de comunicação visual – ajudaram a
estimular novos nichos de mercado, obrigando o setor a uma modernização. Para
dar conta do trabalho, algumas empresas estão investindo em maquinário,
tecnologia e a contratação de temporários.
Para
conquistar a confiança do eleitor, os candidatos investem em panfletos, santinhos,
santões e adesivos. O importante, porém, é se preparar para não deixar que
falte matéria prima no mercado. “Planejamento é essencial em qualquer negócio,
principalmente nos períodos considerados picos de vendas. Levando em conta que
os fornecedores aproveitam o aumento da demanda para elevar os seus preços,
vale a pena fazer uma projeção e garantir a matéria-prima antecipada para não
correr o risco de pagar mais por ela ou ficar sem estoque”, enfatizou o
presidente da Associação Comercial.