Siga-nos

Page Nav

HIDE

Hover Effects

TRUE

No

HIDE_BLOG

Cabeçalho-clássico

{fbt_classic_header}

Banner Rotativo

Slider-topo

Últimas Notícias

latest

Busca de empresas


Em Ourinhos, Assistência Social e entidades tentam reintegrar moradores de rua à sociedade

Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com Naia e S.O.S, oferece uma série de serviços para o acompanhamento e acolhimento dos moradores de rua e andarilhos.

É comum ver a presença de andarilhos e moradores de rua espalhados pela cidade de Ourinhos atualmente. No último censo feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social, feita em outubro de 2010, foram registrados 47 pessoas nesta situação e o principalmente motivo é por dependência química ou conflitos familiares. No Brasil a estimativa é que haja cerca de 50 mil moradores de rua, em sua grande maioria, homens. Em Ourinhos, uma nova pesquisa deve acontecer nos próximos meses para reavaliar esta situação.
A Secretaria Municipal de Assistência Social oferece, atualmente, uma série de serviços para o acompanhamento da população de rua, no sentido de reintegrá-los à sociedade. “Temos o CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) que faz o atendimento, verificação das necessidades, situação familiar e saúde das pessoas em situação de rua”, afirma Maria Aparecida Finotti de Oliveira (Cidinha), secretária municipal de Assistência Social de Ourinhos.
O Naia (Núcleo de Apoio à Infância e Adolescência) e o S.O.S (Serviços de Obras Sociais) são outras duas entidades, independentes, mas que recebem um repasse de verba do município, que complementam o trabalho feito com andarilhos e moradores de rua em Ourinhos. Enquanto o primeiro é responsável pela abordagem social, principalmente em caso de denuncia, o segundo acolhe e fornece serviços de banho e comida, por exemplo. “A rede de atendimento a população de rua conta com a equipe do Naia, que faz abordagem, oferece serviços de atendimento e estabelece um contato com a população de rua. Também temos o S.O.S, que faz o abrigamento dessa população de rua que não tem família, ou que rompeu o vínculo familiar e não deseja voltar para casa. Nesse albergue é feito um plano de acompanhamento, visando a promoção da reintegração familiar e socialização”, informou a secretária de Assistência Social.
Segundo informações a Secretaria de Assistência Social de Ourinhos, muitos dos moradores de rua e andarilhos que estão na cidade atualmente são provenientes de outros município da região. Para atender essas pessoas, há na rodoviária um local específico de apoio para esses casos. “Uma pessoa que não é de Ourinhos, está passando por aqui, se o pessoal identificou, ou se chegou na rodoviária e quer ir para outro lugar, para evitar criar vínculo, a profissional que atua no local já tentar agendar a passagem e já vai embora”, exemplifica Cidinha.
“Como Ourinhos fica em um ponto estratégico de rodovias, é muito comum o trânsito de migrantes (trecheiros) que passam e ficam pela cidade por alguns dias. Neste caso, encaminhamentos o trecheiro para o município de origem. As passagens e auxílio neste caso é fornecido pelo o Núcleo POP, localizado na rodoviária”, esclareceu diretora de Proteção Social Especial, Andreia Resende Michio Pantoja. Caso esse “trecheiro” queira ficar na cidade, ele é acolhido pelo SOS.
Pantoja também destaca que a Assistência Social também conta com o apoio da promotoria para fazer com que a família faça cumprir com o seu papel moral com relação aos seus membros em situação de rua, sem contar o apoio da Polícia Militar que nos casos em que é acionada sempre fornece apoio.
A questão da população de rua é delicada e sua solução não é fácil. De acordo com a secretária, apesar de todas as pessoas em situação de rua serem abordadas por agentes da Assistência Social, nem todas aceitam ajuda. “Oferecemos serviços de saúde, médicos e o abrigo, todavia, muitas delas não aceitam, até mesmo por conta de uso de drogas psicoativas ou por algum transtorno mental”, ressaltou Cidinha.
Um dos motivos para permanecerem nas ruas tem explicação, eles têm um circuito de sobrevivência, proporcionado pela própria população. “Ao dar objetos, comida e dinheiro possibilita que a pessoa mantenha-se na rua. Para alguns a situação de rua é cômoda, visto que já conseguem tudo o que precisam para viver, por meio de esmolas, logo não aceitam ir para o albergue ou o acompanhamento da assistência social”, analisou a secretária de Assistência Social.
Para diretora de Proteção Social Especial do Município, a bondade das pessoas permite que esses moradores se autossustentem, apesar da precariedade. “A população de Ourinhos é uma população que doa, esta é a fala constante, diariamente eu abordo (os moradores de rua) para falar do nosso trabalho e as pessoas falam, eu não preciso, eu tenho dinheiro. A gente tem uma rede de apoio que colabora e isso prejudica o nosso trabalho”, afirma.
“A concessão de esmolas é paliativa, não resolve o problema e mantém a pessoa na rua. Não somos contrários a doação. Porém, acreditamos que a doação deve ser realizada para o SOS, que é uma unidade de acolhimento, atendimento. Assim, as pessoas não terão mais sustento nas ruas e procurarão um auxílio capacitado. Hoje, o grande desafio é a conscientização e sensibilização a não dar esmolas e sim aconselhar as pessoas a procurarem o SOS, e a Assistência Social”, conclui Pantoja.
É importante frisar que o município não tem direito, de forma forçada, a levar um moradores de rua para algum abrigo. Isso somente poderá ser feito por vontade própria do mesmo. “Legalmente a gente não tem esse poder, a gente não pode levar essa pessoa para um S.O.S, por exemplo, se ele não quiser”, enfatiza a diretora.
Quando a população identificar algum morador de rua ou andarilho, deve fazer a denuncia por meio da através da Secretaria de Assistência Social do Município, ou do Naia, para que os mesmos façam as devidas abordagens. Mas se o morador de rua ou andarilho estiver perturbando, esta denuncia deve ser feita diretamente à Polícia Militar. “Quando ele já está causando algum problema, abordando o povo na rua, pressionando, coagindo, já não é com a gente, aí já é com a polícia”, diz Cidinha. Neste caso, o denunciante deve permanecer no local até que a viatura chegue, caso contrário, os polícias também não poderão recolher o indivíduo.
Nas próximas semanas, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Ourinhos deve retomar a campanha, lançada em 2013, que tem o objetivo de conscientizar e sensibilizar a população, principalmente na questão de não fazer doações diretamente aos moradores de rua, mas sim fazer a denuncia para que as providências sejam tomadas.

Serviço

Secretária Municipal de Assistência Social
Rua dos Expedicionários, nº 580 – Centro
Telefone: (14) 3302-6300

Naia (Núcleo de Apoio à Infância e Adolescência)
Rua Paraná, nº 803 – Centro
Telefone: (14) 3324-5116

S.O.S (Serviços de Obras Sociais)
Rua Chavantes, nº 781 – Jardim Matilde

(14) 3324-4365

Coockies