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Sisu divulga listas de aprovados na primeira chamada

Na manhã de ontem, dia 13, o MEC (Ministério da Educação) divulgou a primeira lista de aprovados na edição do primeiro semestre do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). O resultado pode ser consultado através do site do Sistema (sisu.mec.gov.br). A lista também está disponível nas instituições participantes e na Central de Atendimento do Ministério da Educação pelo telefone 0800-616161.
Os candidatos aprovados na primeira chamada deverão fazer a matrícula nos dias 17, 20 e 21 de janeiro, na instituições de ensino superior que oferecem as vagas. No ato da matrícula, os estudantes têm que apresentar os documentos exigidos pelas universidades e pela lei federal de cotas. A lista dos candidatos aprovados na segunda chamada será divulgada no próximo dia 27, e as matrículas deverão ser feitas no dias 31 de janeiro e 03 e 04 de fevereiro.
Os estudantes que não forem convocados nas duas chamadas terão entre os dias 27 de janeiro e 07 de fevereiro para manifestar o interesse em participar da lista de espera. Esta lista é usada pelas instituições para preencher as vagas que ainda, eventualmente, estiverem abertas.
Segundo informações da assessoria de imprensa do MEC, o número de inscritos nesta edição do Sisu teve aumento de 31,28% em relação ao ano passado, é o maior desde a criação do sistema, em 2010. Foram registrados 2.559.987 inscritos e 4.988.206 inscrições, já que cada candidato pôde fazer até duas opções de curso. Na primeira edição do ano passado foram 1.949.958 inscritos e 3.801.894 inscrições. Segundo o governo, 43% das vagas foram reservadas para estudantes de escolas públicas pela lei federal de cotas.
Em entrevista coletiva, em Brasília, na tarde desta segunda-feira, dia 13, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, apresentou os dados do balanço final do Sisu. “Pela primeira vez na história, o estudante pôde escolher entre mais de quatro mil cursos e 115 universidades em todos os estados. Antes ele tinha de fazer vestibular por vestibular, hoje faz um único exame”, disse.
O ministro também destacou que o Sistema é totalmente transparente. “Quem tirou a melhor nota vão disputar as vagas. É um processo de acesso democratizado”, ressalta Mercadante.
Conforme dados da assessoria de comunicação do MEC, as instituições de ensino superior com maior número de inscrições foram as universidades federais do Ceará (262.275), de Minas Gerais (186.123) e da Bahia (157.349). Os cursos de administração (301.191), direito (225.688, pedagogia (217.116) e medicina (211.065) foram os que tiveram maior número de inscritos.
Os números do Nordeste refletem o aumento de vagas na região. “O Nordeste é onde fizemos mais esforço de ampliação da rede pública, porque é onde tinha menor oferta no passado. O Nordeste tem 29% da população brasileira e não tinha a oferta adequada. Agora é a região que mais cresceu oferta”, afirmou Aloizio Mercadante.
Arquitetura e urbanismo, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, com relação de 312.55 candidatos por vaga é o curso mais concorrido na primeira edição de 2014 do Sisu. Medicina, na Universidade Federal do Acre vem em seguida com 210,35 candidatos por vaga.
Nesta primeira edição de 2014, o Sistema oferece 171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de ensino superior espalhadas por todo o país.

Nota de corte
Engenharia naval foi o curso com maior nota de corte, com 869,15 pontos no Enem, pelo sistema de concorrência ampla. No sistema de cotas a nota cai para 746,44. Em seguida aparece o curso de engenharia aeronáutica, com 817,15 pontos na concorrência ampla e 759,4 pontos na disputa com cotas.
Entre os 10 cursos com maior nota de corte, apenas um não é de engenharia. Produção multimídia ficou na sétima posição com 774,47 pontos na concorrência ampla e 652,42 pontos no sistema de cotas. Mesmo entre os cotistas, o rigor para ser aprovado nos cursos de engenharia foi alto, nenhum candidato aprovado fez menos do que 650 pontos pela lei de cotas.
Do total de inscrições, 2,6 milhões foram registradas na modalidade de ampla concorrência (52%) e outros 2 milhões pelo sistema de cotas (40,8%). O restante, 335,9 milhões, foram destinadas às chamadas ações afirmativas específicas das universidades, com o PAS (Programa de Avaliação Seriada), da Universidade de Brasília.

Prouni
Os candidatos que não passaram no Sisu ainda têm a opção de disputar uma bolsa de estudo de uma instituição de ensino superior particular através do Prouni (Programa Universidade para Todos). As inscrições começaram desta segunda-feira, dia 13. Nesta edição serão ofertadas 191.625 bolsas, sendo 131.636 integrais e 59.989 parciais. De acordo com o MEC, até as 12h de ontem, já havia 177.628 inscrições registradas.

Fies
Os candidatos que não conseguirem uma vaga no Sisu e no Prouni, ainda têm a possibilidade de financiar seus estudos através do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O estudante que conseguir apenas 50% da bolsa de estudos do Prouni pode custear o restante por meio deste financiamento.
O Fundo é um programa, também do governo federal, que financia a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições de ensino superior particulares. Podem recorrer a este financiamento os matriculados em cursos que tenham avaliação positiva no MEC.
O Fies existe desde 2009, mas em 2010 ele passou a operar em fluxo contínuo, ou seja, o estudante pode solicitar o financiamento em qualquer período do ano, conforme sua necessidade. As inscrições são feitas pelo SisFIES (http://sisfiesportal.mec.gov.br). Com as novas regras válidas a partir do ano passado, quem tem o nome restrito também pode fazer a solicitação, não há mais necessidade de apresentar atestado de idoneidade cadastral e nem fiador.
Para quitar o financiamento, o estudante passará por três fases: fase de utilização (o estudante pagará, no máximo, R$ 50 a cada três meses, referente aos juros incidentes); fase de carência (após a conclusão do curso, o estudante terá 18 meses de carência, devendo apenas pagar o valor máximo de R$ 50 a cada três meses, referente aos juros incidentes); e fase de amortização (encerrada a carência, o saldo devedor será parcelado em até três vezes o período financiado, acrescido de 12 meses).

Escola da Família
O governo estadual disponibiliza outro sistema de bolsa de estudo, o Programa Escola da Família, criado em 2003 pela Secretaria de Estado da Educação. Ele reúne profissionais da educação, voluntários e universitários e proporciona a abertura das escolas da rede estadual aos finais de semana.
Segundo a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) milhares de universitários, de todo o Estado, participam do Programa e em contrapartida têm seus estudos custeados pelo Programa Bolsa Universidade.
O convênio garante aos universitário 100% de gratuidade nos seus cursos, sendo 50% da mensalidade paga pelo Estado (limitada a um teto de R$ 310 por mês, renovável semestralmente) e o restante financiado pela própria faculdade.

Para se candidatar é preciso: estar regularmente matriculado em faculdade conveniada com o Programa Bolsa Universidade; não receber outra bolsa, financiamento ou similar, vindos de recursos públicos; ter disponibilidade para atuar como educador universitário no Programa Escola da Família, em escolas estaduais ou municipais do Estado de São Paulo, aos finais de semana; e não possuir nível superior completo.

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