A Polícia Civil investiga a participação de um dos maiores assaltantes de bancos e carro-forte do país, preso no domingo (18) em uma cidade do Pará, com assaltos registrados no interior de São Paulo.
Elinelson Ferreira, vulgo "Pinga", que era
procurado há anos, foi preso em Moju, nordeste do estado, após informações
repassadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic)
de Bauru (SP),
que é responsável pelo inquérito que investiga o assalto em agência
bancária em Ourinhos em maio de 2020.
Elinelson também teria participado do roubo em Araçatuba (SP), em 2021, que resultou na explosão de três agências bancárias.
A PM do Pará preparou uma ação envolvendo diversas
unidades operacionais após receber informações sobre o paradeiro de Pinga
fornecidas pela Deic de Bauru, além dos setores de inteligência da Polícia
Federal de Araçatuba e Campinas (SP).
Após ser detido, o suspeito foi conduzido à Divisão de
Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém, com planos para ser encaminhado
à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), para ficar à
disposição da Justiça.
Durante abordagem
policial, Pinga apresentou documentos falsos e estava em companhia de um casal,
que também ficou detido. Desde a semana passada a possibilidade de trânsito do
suspeito entre cidades paraenses era monitorada.
Assalto e tiroteio em Ourinhos
Em Ourinhos, a polícia acredita que pelo menos 40 homens fortemente
armados participaram da ação em maio de
2020.
Eles chegaram na cidade em 11 veículos, trocaram tiros com a Polícia
Militar, fizeram seis pessoas reféns e explodiram parte da agência para ter
acesso ao cofre. A quantia levada pela quadrilha não foi divulgada.
Câmeras da central de monitoramento da cidade registraram a ação da
quadrilha. Nas imagens é possível ver o momento que o carro do morador de
Ourinhos é alvejado.
Um dos criminosos invadiu uma loja e começou a atirar
de dentro do estabelecimento, os tiros atingiram a rua ao lado de onde o
veículo passa. Outro criminoso aparece escondido atrás de um poste. Ele também
atira no veículo.
O motorista que teve o carro alvejado relatou momentos de desespero. "Eu pensei só em uma coisa: tirar a gente dali
logo e sair daquela zona de guerra. Eu só fugi, sai do centro e só depois fui
ver o que tinha acontecido. Fui ver a proporção dos tiros, o que tinha
ocorrido”, lembrou.