6 situações que podem causar a prematuridade dos bebês e 2 cuidados que podem evitar que eles nasçam antes do esperado
No mês de novembro, em que a atenção se volta para a prematuridade, Dra. Mariana Rosário, ginecologista e obstetra, orienta as mulheres sobre hábitos que podem afetar o desenvolvimento do bebê e antecipar o seu nascimento
São Paulo, sexta-feira 17 de novembro de 2023 – No dia 17 de novembro foi o Dia Mundial da Prematuridade. Será considerado prematuro o bebê cujo parto acontece antes de 37 semanas de gestação – e, quanto mais cedo é o parto, mais prematura é a criança:
Pré-termo – nascimento antes de 37 semanas;
Pré-termo tardio – entre 34 semanas e zero dia e 36 semanas a 6 dias;
Pré-termo moderado – entre 32 semanas e zero dia a 33 semanas e 6 dias;
Muito pré-termo – entre 28 semanas e zero dias a 31 semanas e 6 dias;
Pré-termo extremo - menor que 28 semanas e zero dia.
Segundo a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, existem seis principais situações que levam uma criança a nascer antes das 40 semanas de gestação: restrição de crescimento fetal, incompetência istmo-cervical, descolamento prematuro de placenta, gravidez gemelar, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. “Quando uma mulher engravida de gêmeos, geralmente eles nascem prematuros e não há o que ser feito, já que são duas crianças ocupando o mesmo espaço. Porém, para outras situações, há prevenção – e ela começa no preparo da mulher para a gestação”, alerta Dra. Mariana.
Conforme a médica, também existem cuidados fundamentais para prevenir a prematuridade: um bom preparo da mulher antes de engravidar (com dieta, atividade física regular, suplementação, cuidado com o sono, o intestino e a saúde mental e tratamentos prévios de problemas de saúde que interferirão na gestação) e a realização de um bom pré-natal (com todos esses itens e as consultas com o obstetra).
Por que o preparo para engravidar e o pré-natal são tão importantes
Ao se preparar adequadamente para engravidar, a mulher recebe orientações sobre suas condições físicas, doenças e fatores de risco para a prematuridade. “A obesidade e/ou o sedentarismo podem levar à pré-eclâmpsia e ao diabetes gestacional; a hipertensão arterial antes da mulher engravidar também pode causar pré-eclâmpsia e o descolamento de placenta, se não controlada. Então, é preciso de um preparo com dieta, atividade física e suplementação adequadas para a mulher engravidar com saúde”, afirma.
A restrição de crescimento fetal, por sua vez, pode se dar por desnutrição materna ou problemas placentários. “É aí que entra o bom pré-natal, no qual a mulher é acompanhada e recebe orientações e cuidados para que seu bebê nasça saudável e a termo”.
Já a incompetência istmo-cervical também é avaliada no pré-natal. No exame de ultrassom, caso essa situação apareça (o colo do útero é curto), a mulher passa por um procedimento chamado de cerclagem, que consiste em dar alguns pontos cirúrgicos no útero para que ele leve a gravidez até o fim.
“Portanto, como se vê, a mulher que se prepara antes de engravidar e faz um bom pré-natal pode evitar a prematuridade. É preciso que quem deseja ter um bebê se conscientize, cada vez mais, da importância do cuidado com sua saúde e com a saúde do ser que nascerá”, finaliza a médica.
Sobre a Dra. Mariana Rosario
Possui vasta experiência em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, tanto em Clínica Médica como em Cirurgia Oncoplástica. Realiza cursos e workshops de Saúde da Mulher, bem como trabalhos voluntários de preparação de gestantes, orientação de adolescentes e prevenção de DST´s. Participou de inúmeros trabalhos ligados à saúde feminina nas mais variadas fases da vida e atua ativamente em programas que visam ao aprimoramento científico. Atualiza-se por meio da participação em cursos, seminários e congressos nacionais e internacionais e produz conteúdo científico para produções acadêmicas.