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Amigos dizem que adolescente suspeito de matar casal e genro em Agudos, morreu após queda acidental em prédio


CRIME

Corpos de três pessoas da mesma família foram localizados na sexta-feira (24). Principal suspeito de ter cometido o crime é um adolescente de 15 anos, vizinho do casal, que foi encontrado morto em Bauru (SP); trio que estava com ele no dia da morte prestou depoimento à polícia.

Adolescente suspeito de triplo assassinato foi encontrado morto em prédio abandonado em Bauru (SP) — Foto: Reprodução/Google Street View

Três amigos do adolescente de 15 anos tido como principal suspeito de ter assassinado um casal de idosos e o genro deles, em Agudos (SP), afirmaram, em depoimento à polícia, que o menor morreu após uma queda acidental. O corpo do jovem foi encontrado, na segunda-feira (27), em um prédio abandonado em Bauru (SP).

O corpo do menor de idade foi achado por volta das 10h30, em um imóvel na Rua Doutor Adolpho Miraglia, em Bauru, cidade a 20 km de Agudos, município onde ocorreu o triplo homicídio.

A polícia chegou a três amigos do adolescente, sendo um deles um menor de 16 anos e os outros dois jovens de 18 e 20 anos, após analisar 2 mil vídeos com 48 horas de gravações de câmeras de segurança da região onde fica o prédio.

Casal e genro foram assassinados em Agudos (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Nas imagens, de acordo com o delegado Cledson Nascimento, da 3ª Delegacia de Homicídios (3ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), foi possível ver que quatro jovens entraram no prédio no sábado (25) e somente três saíram do local.

O adolescente, de 16 anos, foi identificado pela polícia de Agudos como o amigo que estava com o menor suspeito do crime no dia do crime e para quem ele comprou um sorvete.

Em depoimento à polícia, esse amigo contou que o jovem que morreu teria confirmado que roubou o casal de idosos vizinhos, justificando, assim, o dinheiro que carregava consigo, mas em nenhum momento relatou tê-los assassinados.

O adolescente teria ainda confidenciado ao amigo que, dias anteriores ao crime, teria se desentendido com uma das vítimas, Joana Carrasco, por conta do seu consumo de drogas no telhado de casa, residência vizinha ao do casal encontrado morto.

Vítimas foram encontradas com sinais de violência em Agudos (SP) — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o depoimento dos amigos, eles vieram para Bauru após fumarem maconha ainda em Agudos. Ele e os jovens foram identificados pelas imagens e prestaram depoimento na quarta-feira (29).

Durante a ação, os jovens compraram spray de pichação e respingo de solda que foram usados como alucinógenos, além de salgados. Tudo teria sido pago pelo adolescente suspeito. O alimento e os produtos alucinógenos foram consumidos no prédio abandonado.

Segundo o delegado, durante a perícia no local, na segunda-feira, foram apreendidos pacotes de salgado e a lata de tinta spray e de respingo de solda. A queda acidental teria ocorrido quando o grupo deixava o prédio, já sob o efeito dos alucinógenos.

"Na versão dos três, quando saíam do local já próximo ao térreo, o menor disse que voltaria para apanhar seus chinelos e, logo em seguida, eles escutaram um forte estrondo e, quando foram ver, o mesmo estava caído no vão lateral, com vários ferimentos", afirma o delegado.

Três pessoas da mesma família foram encontradas mortas em Agudos (SP) — Foto: Mayky Araújo/TV TEM 

Questionados sobre o motivo pelo qual não pediram socorro, foram unânimes em dizer que temiam serem responsabilizados pela morte, dizendo que todos estavam bastante alterados pelo uso do alucinógeno.

Ainda de acordo com Cledson, o adolescente foi encontrado com escoriações pelo corpo e uma fratura de pescoço. O delegado informou, ainda, que o médico legista afirmou que as escoriações são compatíveis com uma queda, porém, o resultado do laudo necroscópico ainda não foi divulgado. O delegado também disse que não há sinais de que o adolescente foi agredido antes da queda.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado e constatou o óbito no local. O caso foi registrado como morte suspeita e segue sob investigação.


Tragédia familiar

As três pessoas da mesma família foram mortas a facadas na residência do casal de idosos, na sexta-feira (24), em Agudos. Os corpos de Joana Carrasco, de 70 anos, Aparecido Carrasco, de 74, e o genro deles, Valdinei de Souza, de 57 anos, foram encontrados pela filha e esposa das vítimas.

Valdinei costumava passar na casa dos sogros após fazer exercícios pela manhã e, segundo a viúva dele, no dia do crime, ele saiu sem celular.

Preocupada com o marido, ela tentou falar com os pais, mas sem sucesso. Como ela não conseguia contato com o marido e nem com os pais, decidiu ir até a casa, onde encontrou os três mortos.


De acordo com o delegado Marcos Jefferson, responsável pela investigação, a polícia acredita que o autor do crime pulou o muro dos fundos da casa e, diante da dinâmica de como os corpos foram encontrados, o primeiro a ser agredido teria sido Aparecido Carrasco, que estava em um corredor entre a sala e a cozinha da residência, mais próximo ao segundo cômodo.

"A gente sabe que o primeiro agredido foi o senhor na cozinha. O autor do crime foi dos fundos para a frente, acessou pelos fundos da casa, começou o crime pelos fundos, indo em direção à frente da casa", revela.

Os corpos das outras duas vítimas foram encontrados em outros cômodos, sendo Joana Carrasco na cozinha, bem ao lado do fogão, e o genro dela, Valdinei, na sala. Os três apresentavam marcas de facadas no pescoço.

Os corpos das vítimas foram velados e enterrados no dia seguinte ao crime no Cemitério Municipal de Agudos.


Depoimentos

O principal suspeito de ter cometido o crime é o adolescente de 15 anos que era vizinho do casal de idosos e foi encontrado morto em Bauru.

Segundo as investigações, o jovem desapareceu logo após a localização dos corpos e costumava fazer uso de drogas no telhado da casa dele, que dá para os fundos da residência das vítimas.


Em depoimento à polícia, a irmã do adolescente contou que, no dia do crime, escutou passos no telhado e, na sequência, o irmão teria descido, tomado banho, colocado roupas em um saco e saído, voltando 40 minutos depois, quando a polícia já estava na residência das vítimas.

O adolescente permaneceu em casa durante o atendimento da polícia à ocorrência e saiu depois para encontrar um amigo na residência dele, onde passou a noite de sexta-feira (24) para sábado, não sendo mais localizado pela própria família.

Apesar das suspeitas, o delegado afirma que os investigadores aguardam ainda os exames necroscópico das vítimas, laudos periciais e análise de imagens de circuito de segurança próximo à residência para poder desvendar a autoria, motivação e cronologia do crime, que causou comoção em Agudos, cidade de 37 mil habitantes no interior de SP.

"A gente continua estudando todas as linhas de investigação. Essa do adolescente ganhou um certo vulto, mas precisamos de provas. Estamos colhendo vídeos próximo ao local, precisamos de provas da perícia, de laudos", pontua Marcos Jefferson.

De acordo com ele, pode se tratar de um caso de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, que pode ter sido mal sucedido, já que inicialmente nada foi levado das vítimas; homicídio motivado por vingança ou algum desentendimento, entre outras motivações que ainda estão sendo apuradas.

Ainda de acordo com o delegado, a arma utilizada no crime, possivelmente uma faca, não foi localizada, e o princípio de incêndio no fogão registrado no local pode ter sido uma forma do suspeito de tentar apagar evidências do crime, inicialmente registrado como triplo homicídio.

A polícia tenta também apurar se o genro das vítimas foi morto depois do assassinato dos idosos.


Comportamento agressivo

Em depoimento, a mãe e a irmã do adolescente contaram que o jovem era usuário de drogas e apresentava comportamento agressivo, além de misturar o consumo de álcool com remédios.

Segundo o delegado, dias antes do crime, o adolescente agrediu a mãe por ela ter retirado o celular dele. Durante a investigação, outras testemunhas contaram, ainda, que viram o jovem com um celular "velho" e "conservado", possivelmente de uma das vítimas dos assassinatos.

Ele era considerado desaparecido desde o dia dos homicídios. Durante o período, segundo testemunhas contaram à polícia, chegou a encontrar um amigo, quando o adolescente teria gastado R$ 360 em roupas e contou para ele que iria para Bauru. A polícia apura se o dinheiro era das vítimas.

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