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Rodízio no abastecimento de água completa 1 semana e moradores relatam descumprimento de regras em Bauru

Desde quinta-feira (9), moradores dos bairros atendidos pelo sistema da captação do Rio Batalha passam por rodízio no abastecimento de água, o equivalente a 27% da cidade, cerca de 100 mil pessoas. No entanto, segundo os moradores de alguns bairros, a divisão não tem sido respeitada.

Desde quinta-feira (9), moradores dos bairros atendidos pelo sistema da captação do Rio Batalha passam por um rodízio no abastecimento de água, o equivalente a 27% da cidade, cerca de 100 mil pessoas.

Sem chuvas há 27 dias, Bauru viu o nível da lagoa de captação do Rio Batalha atingir 1,74 metro, sendo que o ideal é de 3,20 metros.
Nível do Rio Batalha, em Bauru, está abaixo do ideal — Foto: Andressa Lara/TV TEM

Para implantar o revezamento, a cidade foi dividida em três grupos, funcionando em sistema 48/24 horas, ou seja, 24 horas com abastecimento e 48 horas sem (confira a lista completa de bairros aqui).

Grupo 1 - Parque do Sabiás e Vila Independência;
Grupo 2 - Centro, Altos da Cidade e Jardim Ouro Verde;
Grupo 3 - Vila Falcão e Jardim Bela Vista.
No entanto, segundo os moradores, a divisão não é respeitada. O bairro da moradora Dona Carmen, Terra Branca, na região da Vila Independência, está no Grupo 1 do rodízio e deveria ser abastecido no domingo (12), mas ela afirmou que só recebeu água no fim do dia, o suficiente para encher somente quatro baldes.

“No domingo, veio um fiozinho de água e eu consegui encher os baldes. Mas eu não consigo fazer mais nada. Então, estamos há praticamente uma semana sem água e não sobe água na caixa. Estou tentando economizar, mas não sei até onde vai", revela.

Na quarta-feira (15), seguindo o cronograma do rodízio, o bairro dela deveria receber água a partir da 0h, no entanto, até 17h, as torneiras da casa continuavam secas. "Eu fiquei até duas horas da manhã acordada para ver se chegava, mas até o momento nada", conta.
Moradora de Bauru alega que rodízio não tem respeitado regras de abastecimento de água no bairro Terra Branca — Foto: Reprodução/TV TEM

A falta d'água tem afetado a rotina das tarefas domésticas da dona de casa, que acumula louças e roupas para lavar, e tem almoçado fora. "Estou comendo na rua porque não tenho como lavar a louça", diz.

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) disponibilizou também uma ferramenta online para que os moradores possam consultar a situação dos bairros onde moram. Nos próximos dias, o abastecimento de água nos grupos fica assim:

Quinta-feira (16): Centro, Altos da Cidade e Jardim Ouro Verde;
Sexta-feira (17): Vila Falcão e Jardim Bela Vista;
Sábado (18): Parque do Sabiás e Vila Independência.
Segundo o DAE, durante a reversão do sistema (troca de abastecimento de uma região para outra), o setor atendido naquele momento não começa a receber água de maneira imediata. Isso porque é necessária a recuperação do sistema ("enchimento" das redes), que pode levar algumas horas, dependendo do tamanho e consumo de cada região.

Ainda de acordo com a autarquia, por conta disso, a reversão do sistema é feita sempre durante a madrugada, período de menor consumo pela população.
Nível do Rio Batalha está bem abaixo do ideal e afeta abastecimento em Bauru — Foto: Cesar Evaristo/TV TEM

De acordo com o presidente do DAE, Leandro Dias Joaquim, alguns bairros da cidade sofrem por conta da elevação do planalto, uma vez que, segundo ele, há um abastecimento de água da parte baixa das regiões antes de chegar à parte alta. Além do bairro Terra Branca, moradores da Vila Solange, Vila Ipiranga e Altos do Paraíso estariam passando pelo problema.

"Com base nos pedidos de caminhões-pipas, tivemos uma noção de quais são os pontos piores com falta de abastecimento, mesmo com o rodízio. Há um abastecimento da parte baixa dos bairros, que é a primeira parte abastecida, e a última parte, mais alta, quando corta o fornecimento de água, fica desabastecida", contou à TV TEM.
Com o não cumprimento do cronograma de bairros que deveriam ter água, a demanda por caminhões-pipa tem sido grande em Bauru.

Segundo o DAE, somente no primeiro dia de rodízio, foram 640 atendimentos. Ao todo, a autarquia 300 pedidos de caminhões-pipa por dia. Para atender a demanda, o DAE pretende aumentar o número de 10 veículos para 30 nos próximos dias.

Manifestação dos moradores

Moradores atearam fogo em pneus como forma de protesto à crise hídrica — Foto: Reprodução/Instagram

Na noite desta quarta-feira (15), um grupo de moradores da região oeste e noroeste da cidade atearam fogo em pneus e interditaram a avenida Castello Branco na altura da quadra 26 como forma de protesto.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o grupo era composto por aproximadamente 30 pessoas. A corporação recebeu o chamado de outros moradores da região e contiveram as chamas e liberaram a via.

A Polícia Militar e o Grupo de Operações Táticas (GOT) da PM também compareceram no local.

GOT da PM participou da dissipação dos manifestantes — Foto: Reprodução/Instagram

Emergência hídrica
Em meio ao rodízio no abastecimento de água, Bauru decretou estado de emergência hídrica por falta de chuvas.

Com validade de 60 dias, o estado de emergência permite que o município adote medidas administrativas e assistenciais necessárias para minimizar os prejuízos causados pelo período crítico de escassez de chuva.

O decreto respalda, segundo a prefeitura, o Departamento de Água e Esgoto (DAE) a ter mais agilidade nas medidas para combater a falta de água em Bauru.

"Começamos a ter um ajuste na lagoa, com a redução na vazão de água, começando com 280 litros por segundo, depois reduzimos para 200 litros por segundo, a lagoa subiu bastante e chegou a 1,85 m. Começamos a retomar uma produção maior de 250 litros por segundo", conta.

Lagoa de captação do Rio Batalha está abaixo dos 2 metros em Bauru; ideal é 3,20 metros — Foto: Andressa Lara/TV TEM

Com o decreto, o DAE fica autorizado a utilizar poços, reservações e represamentos privados, urbanos ou rurais, desde que avaliados os padrões de qualidade da água bruta, que servirão para utilização do município para abastecer e armazenar água durante a situação de escassez.

"Com o decreto, o DAE deve adotar de imediato as medidas necessárias ao pronto restabelecimento do fornecimento de água, ficando autorizado a medidas de contingenciamento, rodízio de abastecimento, contratação de empresas ou profissionais especializados, compra de materiais e serviços, inclusive por dispensa de licitação, seguindo a legislação vigente", diz a Prefeitura de Bauru.
O DAE recomenda aos moradores afetados a usarem a reserva doméstica das caixas d'água e evitar desperdícios e atividades que demandem uso excessivo de água.

Na segunda-feira (13), a autarquia anunciou que iria intensificar as ações contra o desperdício de água, principalmente nas regiões abastecidas pelo Rio Batalha. Dentre as medidas, está a aplicação de multas para quem for visto desperdiçando água na cidade.

Caminhões-pipas podem ser solicitados através do 0800-7710195, que recebe ligações apenas de telefone fixo, ou (14) 3235-6140 e 3235-6179 para ligações feitas por celular.

Fonte: G1

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