Fotos mostram crianças dormindo no chão em creches no interior de SP; Polícia e MP apuram crime de maus-tratos

Segundo a denúncia, os colchões são supostamente retirados por funcionários, por ordem da Secretaria Municipal de Educação, nas unidades de educação infantil de Pirajuí (SP). A situação chegou ao conhecimento do Ministério Público e da Polícia Civil após uma denúncia feita por pais dos alunos.

Polícia Civil apura maus-tratos contra crianças após alunos serem flagrados dormindo no chão em creche de Pirajuí — Foto: Arquivo Pessoal

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Civil investigam uma denúncia de maus-tratos contra crianças. A medida foi tomada após a divulgação de fotos que mostram os alunos dormindo no chão, em Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) de Pirajuí, cidade de pouco mais de 22 mil habitantes no interior de SP.

A situação chegou ao conhecimento das autoridades após uma denúncia feita por pais dos alunos. Os órgãos investigam o crime de maus-tratos contra criança.

Crianças estariam dormindo no chão em unidades de escolas infantis em Pirajuí — Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a denúncia, em todas as seis unidades de educação infantil de Pirajuí, diariamente, após às 13h, no horário de descanso dos alunos, os colchões são supostamente retirados por funcionários, por ordem da Secretaria Municipal de Educação, fazendo com que as crianças permaneçam dormindo no chão de piso frio.

A denúncia foi recebida inicialmente pelo MP, através da Promotoria de Justiça de Pirajuí, que solicitou a instauração de inquérito policial à Polícia Civil, para apurar crime de maus-tratos.

Polícia Civil e MP apuram maus-tratos a crianças de creche em Pirajuí — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil informou que estão sendo adotadas as providências cabíveis ao caso. As investigações tramitam em segredo de Justiça

Em nota, a Prefeitura de Pirajuí afirmou que "as imagens inseridas na denúncia de supostos maus-tratos, ocorrida nas dependências da CEMEI Profª. Denise Chade Castiglioni Cury, seriam um conteúdo falso, armado e forjado com interesses políticos".

O comunicado diz ainda que a Secretaria de Educação repudia o ato e que "combaterá quaisquer ações maldosas que coloquem em risco a integridade dos alunos" e que será "aberta uma sindicância para apuração dos fatos e dos envolvidos".