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A influência das Olimpíadas na melhoria da saúde física, mental e social

Organização Mundial da Saúde mostra que 31% dos adultos e 80% dos adolescentes não atingem os níveis recomendados de atividade física

Com as Olimpíadas de Paris 2024, o mundo se volta para os incríveis feitos atléticos dos melhores esportistas do planeta. Este evento global não apenas celebra a excelência esportiva, mas também destaca a importância da prática regular de atividades físicas para a saúde e bem-estar de todos. Em um mundo cada vez mais sedentário, as Olimpíadas servem como um poderoso lembrete dos benefícios abrangentes que o esporte traz para a vida.


Conforme a pesquisa da Organização Mundial da Saúde, 31% dos adultos e 80% dos adolescentes não atingem os níveis recomendados de atividade física. Essa estatística alarmante destaca a necessidade urgente de promover a atividade física em todas as faixas etárias. O sedentarismo, além de ser um fator de risco para diversas doenças crônicas, impacta negativamente a saúde mental e o bem-estar geral. A prática regular de esportes e exercícios físicos não apenas ajuda a prevenir essas condições, mas também melhora a qualidade de vida de maneira ampla e significativa.


Segundo a OMS, a prática regular de exercícios físicos está associada a uma redução significativa do risco de doenças crônicas como doenças cardíacas, diabete tipo 2 e certos tipos de câncer. Além disso, a atividade física regular ajuda a manter o corpo saudável, melhora a função cardiovascular e respiratória e promove a longevidade. 


A prática esportiva regular oferece benefícios significativos para a saúde física e mental. Nos adultos, a atividade física contribui para a prevenção e tratamento de doenças não transmissíveis e reduz os sintomas de depressão e ansiedade, melhora a saúde do cérebro e pode melhorar o bem-estar geral. Já para as crianças e adolescentes, a atividade física promove a saúde óssea, estimula o crescimento e desenvolvimento saudável dos músculos e melhora o desenvolvimento motor e cognitivo.


Saúde mental e a prática esportiva são sinônimos

Além dos benefícios físicos, a atividade física regular desempenha um papel crucial na saúde mental. Estudos mostram que o exercício pode ser tão eficaz quanto a terapia e os medicamentos antidepressivos no tratamento de depressão leve a moderada. A prática esportiva regular também é associada à redução dos sintomas de ansiedade, estresse e depressão, além de melhorar o humor e a autoestima.


Um exemplo notável da importância do cuidado com a saúde mental no esporte é o caso da ginasta americana Simone Biles. Nas Olimpíadas de Tóquio em 2020, Biles tomou a difícil decisão de se retirar de várias competições para focar em sua saúde mental, destacando a pressão intensa que os atletas enfrentam. Sua atitude corajosa trouxe à tona discussões importantes sobre a saúde mental no esporte, mostrando que o bem-estar psicológico é tão crucial quanto o físico. Quatro anos depois, Biles voltou ao cenário internacional e conquistou a medalha de ouro com a equipe americana, demonstrando que cuidar da saúde mental pode levar a uma recuperação e a um desempenho de alto nível. 


“Simone volta nessa olimpíada bastante triunfante, provando que o intervalo para cuidar da saúde mental é importante”, declara a psicanalista e Presidente do Ipefem (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino), Ana Tomazelli. “O retorno de Biles mostra para todo mundo o benefício de poder dar o tempo necessário para se recompor.  Saber até onde o seu corpo e a sua mente conseguem ir, chegar no seu limite e saber para na hora certa é crucial”. 


O surfista brasileiro Gabriel Medina também pausou suas atividades após descobrir estar com depressão causada por uma disputa pública com sua família e um divórcio. “Esse tempo me fez bem. Não é um segredo, é até interessante falar de saúde mental. Tive depressão, comecei a tratar com psicólogo. Nunca me imaginei nesse lugar. É assustador, as coisas param de fazer sentido para você” confessou o atleta. “Estou melhor, fico feliz de estar me reencontrando. Aprendi bastante nesse tempo” 


Ana Tomazelli explica que muitas vezes quando há uma dedicação extrema, até mesmo por amar o que faz, essa dedicação acaba não sendo tão positiva. “Um volume intenso de trabalho, um alto volume de horas, abrir mão de outras coisas que você gosta para se dedicar exclusivamente a um estilo de vida dedicado: atitudes como essas podem ser lidas como o padrão para um atleta de alta performance, mas cobram um preço. Nós, como torcedores, não temos que ficar cobrando mais deles, porque chega uma hora em que eles podem chegar ao limite - e está tudo bem com isso.”  


A saúde mental atípica no esporte de alto rendimento 

Além de considerar a saúde mental típica, é crucial também abordar a saúde mental atípica, especialmente no contexto esportivo. Atletas com condições neurodivergentes, como autismo e TDAH, podem enfrentar desafios únicos. A estrutura e a rotina oferecidas pelo esporte podem ser particularmente benéficas para essas pessoas, ajudando a melhorar o foco, reduzir a ansiedade e proporcionar um sentido de comunidade e inclusão.


Um estudo produzido pela National Center on Health Physical Activity and Disability (NCHPAD) indica que o exercício pode ajudar a reduzir comportamentos repetitivos e autoestimulantes em crianças com autismo, além de melhorar suas habilidades motoras e sociais. Programas específicos que utilizam estratégias visuais e de estruturação para tornar o exercício acessível é benéfico para indivíduos com TEA, destacando a importância da inclusão e adaptação nas atividades físicas. No entanto, é igualmente importante garantir que os ambientes esportivos sejam adaptáveis e inclusivos, reconhecendo e respeitando as necessidades individuais de cada atleta.


Um exemplo inspirador de saúde mental atípica no esporte é o caso de Chris Morgan, remador australiano diagnosticado com autismo de alto funcionamento. Participando das Olimpíadas de Beijing 2008, Londres 2012, onde conquistou o bronze, e Rio 2016, Morgan enfrentou desafios de relacionamento e comunicação devido ao seu diagnóstico, mas conseguiu alcançar o pódio e competir em alto nível. Sua trajetória demonstra que, com apoio adequado e compreensão, atletas com condições neurodivergentes podem atingir grandes feitos no esporte.


Exemplos como o de Morgan mostram que todo esporte e todo exercício pode ser, sim, adaptado para pessoas autistas. “Assim, hoje nós vemos uma crescente busca de especialização, de capacitação, de estudantes e profissionais de educação física, para atender pessoas com autismo e outras neurodivergências ”, comenta a Especialista de Conteúdo Clínico da Genial Care, Grazielle Bonfim. 


“A prática de esportes pode oferecer um refúgio e uma forma de expressão para todos, sejam eles neurotípicos ou neurodivergentes. No entanto, a pressão e as expectativas externas podem amplificar os desafios que  pessoas com desenvolvimento atípico já enfrentam. Portanto, o apoio psicológico especializado e a criação de ambientes de treino inclusivo, adaptados, e acolhedores são fundamentais para que todos os atletas consigam atingir seu máximo potencial, independentemente de suas barreiras de desenvolvimento”, conclui Grazielle. 

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