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Entenda quais aquíferos atendem Bauru e por que, mesmo assim, falta água na cidade

Município, que passa por racionamento de água desde maio deste ano, é abastecido pelos aquíferos Bauru e Guarani que, apesar de abundantes, em períodos de seca, sofrem com a escassez.

Comércios de Bauru dependem do abastecimento de água para funcionar — Foto: TV TEM/Reprodução

A cidade de Bauru, abastecida principalmente por poços gerenciados pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), enfrenta racionamento de água desde 9 de maio devido à escassez hídrica que tem sido um problema crônico, apesar de contar com importantes fontes como os aquíferos Bauru e Guarani.

Na zona sul de Bauru, a cafeteria de Witor Pavan Roli oferece diariamente centenas de cafés e bolos. A água para esses produtos vem de um poço no Jardim América, que alcança uma profundidade de 280 metros. Operando 17 horas por dia, este poço foi responsável por fornecer 840 milhões de litros de água no último ano.

Para o proprietário, ter uma fonte confiável de água é crucial não apenas para a produção, mas também para a limpeza e manutenção das operações.

“Aqui a falta de água é mais rara de ocorrer. Sem água é bem difícil, ela é primordial. Faz parte da matéria prima dos produtos que nós vendemos, além da higienização e limpeza do local”, explica Witor.


Aquíferos Guarani e Bauru e Rio Batalha

Bauru é abastecida por uma rede de 42 poços gerenciada pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE). Esses poços são a principal fonte de água para a cidade, fornecendo 79,78% da água consumida.

A água é extraída de dois grandes aquíferos: o Bauru e o Guarani, além da sub-bacia do Rio Bauru e a bacia do Tietê-Batalha.

DAE de Bauru opera com poços em dois aquíferos, o Bauru e o Guarani — Foto: TV TEM/Reprodução


O diretor de produção e preservação do DAE, Elton de Oliveira, explica que enquanto o Guarani é o mais explorado devido à sua qualidade superior, o Bauru também desempenha um papel importante, especialmente para indústrias e comércios.

“Como o Guarani está mais profundo, o tratamento é mais simples. A gente só aplica flúor e cloro e ele já está nos padrões de potabilidade ", conta o diretor.

Para ilustrar a composição dos aquíferos, imagine um bolo. A camada mais baixa representa o aquífero Bauru, enquanto a camada de recheio de argila e basalto serve como um isolante, separando-o do aquífero Guarani, que é mais profundo e menos acessível.

Régua de medição do Rio Batalha registra baixos níveis de água na lagoa. — Foto: TV TEM/Reprodução


O principal responsável pela crise no abastecimento é a lagoa de captação do Rio Batalha, que sofre com assoreamento e falta de chuvas. Para compensar a água que falta na região do Batalha em épocas de seca, estão sendo realizados estudos para expansão dos poços e criação de interligações.

Recarga dos aquíferos que abastecem Bauru pode demorar até 100 mil anos — Foto: TV TEM/Reprodução


O projeto SACRE, Soluções Integradas para Cidades Resilientes, está conduzindo um estudo detalhado dos aquíferos de Bauru. Desde 2014, o número de poços perfurados aumentou, já que a vida útil de cada poço varia conforme a exploração e recarga dos aquíferos.

A recarga é um processo demorado, que pode levar mais de 100 mil anos, já que a água infiltrada pela chuva precisa de um longo tempo para atingir os aquíferos subterrâneos.

“Por serem águas muito antigas, tirar água desses poços tem uma reposição muito lenta. E esse é um dos motivos que faz o nível de água desses aquíferos cair com o tempo. Então é necessário aprender a manejar essa situação”, explica Ricardo Oaki Hirata, coordenador do SACRE.

Projeto SACRE estuda abertura de novos poços em Bauru (SP) — Foto: TV TEM/Reprodução


Fonte: G1

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