Alvo era Manoel, irmão de rapaz que teria desviado drogas de traficante.
Carla estava prestes a dar à luz, quando foi alvejada dentro de bar (Foto: Redes Sociais)
A Justiça de Marília decidiu manter a prisão preventiva de cinco dos seis acusados pelo brutal assassinato de Carla Silva de Moraes, de 25 anos, que estava grávida, e do zelador Manoel da Silva Barreto, de 36 anos. A decisão foi confirmada na última terça-feira (20) pelo juízo da 1ª Vara Criminal.
Os réus Diego Pereira Pinto, Antônio Marcos Ferreira Lima, Vitor dos Santos Gonçalves, Gabriel Augusto de Oliveira, e Tayron Aparecido Ferreira de Abreu permanecerão presos até o julgamento, uma vez que, segundo o magistrado, os pressupostos que justificam a prisão não sofreram qualquer alteração fática (de fato) ou jurídica, desde o último exame.
Um dos réus, Jonathan Moreira Magalhães, está foragido. Ele e os cinco presos respondem por homicídio qualificado (duas vezes), além de aborto (pela morte do bebê) e tentativa de homicídio contra outras duas pessoas que estavam no bar. O caso teve repercussão pela barbárie e motivação.
INVESTIGAÇÃO
Em novembro de 2020, Carla Silva de Moraes e Manoel da Silva Barreto foram mortos em um bar na zona sul de Marília. A investigação apontou que o crime foi motivado por uma desavença relacionada ao tráfico de drogas, do qual a gestante não tinha qualquer relação.
Manoel teria sido marcado para morrer porque seu irmão supostamente havia subtraído drogas de um traficante. Os criminosos consideraram Manoel um “dedo mole” – gíria usada no meio criminoso para descrever alguém que poderia matar em defesa de outro.
Matar o zelador Manoel, na visão dos acusados, facilitaria a cobrança da dívida de drogas do irmão, concluíram as investigações da polícia. Já a mulher teria sido morta como “efeito colateral” da ação, que por fim se mostrou desastrada e violenta, fugindo ao planejamento dos réus.
O processo ainda não tem data marcada para julgamento, mas já houve decisão que determina a realização de júri popular do caso.
Fonte: MN