Gusttavo Lima, 35, teve prisão decretada ontem pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Não entendeu nada? Splash explica:
Ele é alvo de operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A Operação Integration teve início em 2023, e já resultou em mais de 20 mandados de prisão e no bloqueio de mais de R$ 2 bilhões.
A Balada, empresa de Gusttavo Lima, é suspeita de receber e ocultar dinheiro. Uma das empresas investigadas é a Vai de Bet, que tem o cantor como garoto-propaganda e também como sócio — ele comprou 25% da empresa de apostas em julho deste ano, segundo juíza que decretou sua prisão. O dono da Vai de Bet, José da Rocha Neto, também é alvo da operação e estava na Grécia com Gusttavo Lima quando sua prisão foi decretada.
Ele teria recebido mais de R$ 28 milhões das empresas investigadas. Segundo a juíza responsável pelo caso, Gusttavo Lima e a empresa Balada receberam o dinheiro das empresas Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos e PIX 365 Soluções Tecnológicas. A PIX é a casa de apostas esportivas Vai de Bet, de acordo com a investigação. Já a Zelu Brasil atuaria como intermediadora de pagamento tanto da "Vai de Bet" como da "esportes sorte".
Como tudo começou
- O nome de Gusttavo Lima foi citado já no dia da prisão de Deolane Bezerra. No dia 4 de setembro, foi apreendido um avião avaliado em R$ 35 milhões registrado no nome da Balada Eventos e Produções LTDA, empresa de Gusttavo Lima.
- Ele negou qualquer envolvimento com o caso. Procurada por Lucas Pasin, colunista de Splash, a assessoria do cantor afirmou que a aeronave havia sido vendida e estava em processo de transferência. Segundo apuração do Fantástico, o comprador é José da Rocha Neto, dono da Vai de Bet. Gusttavo Lima se manifestou em vídeo postado nas redes sociais:
Honra e honestidade foram as únicas coisas que tive na minha vida, e isso não se negocia.
- Na mesma semana, a Justiça determinou o bloqueio de bens dele. Segundo apuração do Fantástico que foi ao ar no dia 8 de setembro, Gusttavo Lima teve R$ 20 milhões bloqueados. Após a exibição da matéria, o cantor se defendeu dizendo que só fez trocas comerciais com as empresas de apostas, e não é parte do suposto esquema de lavagem de dinheiro: "Houve excesso, sim, por parte da autoridade".
- Duas semanas depois, a prisão foi decretada. A decisão judicial, à qual Splash teve acesso, aponta que Gusttavo Lima mantinha "intensa relação financeira" com outros alvos da operação. Além disso, o texto ressalta que ele não compareceu à convocação da polícia para tratar sobre o caso.
A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado. Tribunal de Justiça de Pernambuco
- A defesa do cantor diz que o pedido de prisão não tem fundamentos legais. "O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana", diz nota enviada a Splash.
- Gusttavo Lima estaria nos Estados Unidos. O jornalista Leo Dias diz ter ouvido do próprio cantor que ele e a família estavam em Miami quando a prisão foi decretada. Desde que a ordem foi publicada, o passaporte do artista está suspenso e seu nome está na lista de procurados nos aeroportos brasileiros.
Fonte: Uol
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