Na comparação com a capital, o tradicional pão francês é 8,7% mais barato na cidade do interior de SP. Saiba quais são os direitos do consumidor em relação aos preços dos itens do café da manhã.
Preço do pão francês pode variar até 61% em Bauru — Foto: Celso Tavares/g1
Procon fez uma pesquisa inédita sobre preços de uma das preferências nacionais – o pão. Os especialistas coletaram os dados de algumas variedades, junto com outros produtos de padaria e combinados como café (coado/tradicional, expresso e com leite), misto quente, lanche bauru e cappuccino, que são muitos consumidos e já se tornaram alimentos tradicionais na região.
O levantamento marca o Dia Mundial do Pão, que é comemorado nesta quarta-feira (16), e buscar trazer referências de preços para que o consumidor possa compreender melhor os seus custos pessoais, se planejar com mais informações e conferir as alternativas para economizar.
Os preços foram coletados em padarias das cinco regiões da cidade de São Paulo (centro, norte, sul, leste e oeste) e em todas as 8 cidades do interior e do litoral onde o Procon possui escritório regional - Bauru, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba. (Confira aqui o relatório completo).
Variação de mais de 60%
Em Bauru, a diferença no preço do pão francês, apurada entre os estabelecimentos pesquisados da cidade, alcançou 61,98% (variação entre R$ 15,99 e R$ 25,90 o quilo).
Por sua vez, o café expresso pequeno variou em até 91,92%, podendo ser encontrado de R$ 5,20 a R$ 9,98. Já o pão francês na chapa com manteiga foi oferecido com valores diferindo em 77,5%. A depender da padaria, o item podia ser comercializado entre R$ 4,00 e R$ 7,10.
Os preços médios verificados de cada produto no município foram: o quilo do pão francês a R$ 20,57, do café expresso pequeno a R$ 6,62 e do pão na chapa com manteiga a R$ 5,29.
O levantamento local foi realizado pela equipe do Núcleo Regional de Bauru em oito estabelecimentos no dia 26 de setembro, totalizando 15 itens no município, incluindo pão de queijo, café coado e misto quente. Compôs a amostragem os produtos comercializados em, no mínimo, três dos locais visitados e com valores distintos.
Preço médio
Ao todo, o Procon pesquisou 108 padarias em nove municípios do interior e do litoral, além de estabelecimentos na Capital, entre 25 e 30 de setembro. Na cidade de São Paulo a comparação foi feita entre os preços médios encontrados nas 50 padarias distribuídas igualmente pelas cinco regiões da cidade (centro, norte, sul, leste e oeste).
Ou seja, para cada região, o preço médio foi formado com o valor levantado nos 10 estabelecimentos visitados e depois consolidados para encontrar o preço médio geral da cidade.
Já no levantamento feito nos municípios do interior e litoral, foram comparados os preços praticados por cada uma das padarias visitadas para se chegar ao preço médio.
Comparação com outras cidades
Pesquisa também comparou os preços do café expresso — Foto: Lucas Soares
Em comparação com a Capital (R$ 22,54), o tradicional pão francês em Bauru é 8,74% mais barato. Aliás, ele é um pouco acima da média entre as cidades consultadas pelo interior e litoral paulista (R$ 20,44).
Também a título de comparação, enquanto na Capital, o café expresso pequeno e o pão na chapa com manteiga custam cerca de R$ 7,32 e R$ 6,19, nos demais municípios elencados, as médias são respectivamente de R$ 6,20 e R$ 5,97.
Direitos do consumidor
Os consumidores devem ficar atentos a alguns direitos ao consumir em padarias:
- O pão francês deve ser vendido por quilo; os preços dos produtos devem estar afixados de forma clara e de fácil visualização e os itens fabricados e embalados pelo estabelecimento (tortas, bolos, salgados etc.) devem ter informações sobre data de validade, peso, ingredientes e se contém glúten e alergênicos.
- O comerciante não pode determinar peso mínimo para a venda de frios e balas e chicletes não podem ser usados como troco.
- Com relação ao pagamento, é importante que o consumidor saiba que os estabelecimentos podem diferenciar os preços em função da forma de pagamento utilizada, oferecendo descontos para, por exemplo, modalidades como, dinheiro ou pix.
- Os estabelecimentos não são obrigados a aceitar vales-refeição; no entanto, se houver adesivos ou outra forma de comunicação sugerindo sua aceitação, não poderão ser recusados.
- Além disso, para aceitar vale-refeição o estabelecimento não pode condicionar ao valor consumido, nem restringir seu uso a determinado dia, data ou horário.
Fonte: G1