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A cachaça é um produto genuinamente brasileiro, produzido pela primeira vez em engenhos de cana de açúcar do litoral paulista há quase 500 anos. Hoje, o Estado de São Paulo conta com mais de 400 produtores de cachaça, responsável por 45% da produção nacional. Porém, esse número expressivo se deve aos grandes produtores de cachaças industrializadas e de baixa qualidade sensorial.
Pois, para separar o trigo desse joio todo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo divulgou no dia 3 de dezembro o resultado do 1° Concurso Estadual de Qualidade da Cachaça Paulista. 78 rótulos foram selecionados por especialistas e apreciadores da bebida, sendo 51 deles premiados com a classificação ouro, 23 com prata e 4 com bronze. Para receber a medalha de ouro a cachaça teve que somar 90 pontos ou mais de um total de 100.
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A cachaça Alma de Gato, produzida em Ourinhos pelo engenheiro agrônomo Álvaro Peixoto, é uma dessas premiadas com a medalha de ouro. Alma de Gato, na verdade, é o nome de um pássaro de hábitos noturnos que habita o Vale do Paranapanema, onde está situado o sítio Engenho Velho, adquirido por Álvaro em 2007.
Vale lembrar que a Alma de Gato já havia chamado a atenção de pesquisadores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que há 2 anos publicaram o livro “200 anos, 200 cachaças”, um mapa da evolução da bebida desde a independência do Brasil até os dias de hoje. Graças à Alma de Gato, Ourinhos figura nesse mapa comemorativo que é para poucos, afinal, o Brasil tem mais de 8.000 marcas de cachaças legalizadas.
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