Soldado vai ser interrogado em Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).
Moroni Siqueira Rosa atirou na vítima quando ela estava de costas (Foto: Divulgação) |
O Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado contra o soldado da Polícia Militar Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos, acusado de abrir fogo com uma arma da PM em meio ao público, durante uma festa de peão na cidade, avança para a fase de interrogatório. O episódio terminou com a morte do técnico agrícola Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior, de 29 anos, e duas pessoas feridas.
O militar, que atualmente está custodiado no presídio militar Romão Gomes, é acusado de homicídio doloso – com intenção – e tentativa de homicídio contra as outras vítimas.
Publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE-SP) desta quinta-feira (30) indica que o presidente do PAD – em andamento pelo Batalhão de Bauru – notificou o advogado de defesa do soldado, sobre a audiência que ocorrerá no próximo dia 5 de fevereiro.
Hamilton era técnico agrícola em uma empresa de celulose com unidade na região (Foto: Divulgação/Redes Sociais) |
A sessão será realizada por meio de plataforma de videoconferência, às 10h, com a participação do defensor e do acusado, que poderá dar sua versão sobre os fatos na fatídica noite.
RELEMBRE
A análise da ação penal segue na Justiça de Marília. Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o PM utilizou sua arma de serviço, uma pistola Glock .40, para efetuar os disparos após um esbarrão. A vítima foi atingida três vezes de frente e uma vez nas costas quando tentava fugir.
Além do homicídio de Hamilton, dois outros frequentadores do evento foram feridos de raspão. O Ministério Público aponta que a atitude do policial “demonstrou desprezo pela vida alheia e colocou diversas pessoas em risco”.
Em dezembro de 2024, a Justiça negou novo pedido de liberdade provisória para Moroni, considerando a manutenção da prisão necessária para a ordem pública e a condução adequada do processo.
O juiz Paulo Gustavo Ferrari destacou que o crime ocorreu em um evento de grande porte e envolveu o uso indevido da arma funcional de um agente da segurança pública.
Audiência criminal, para ouvir testemunhas estava marcada para terça-feira (28), mas ainda não foi publicada a confirmação de que o ato judicial foi realizado com êxito. O soldado segue preso em São Paulo à espera de sentença.
Fonte: MN