Deputado Ricardo Madalena solicitou a divisão do pedágio entre Ourinhos e Ipaussu. Os novos pórticos estarão localizados entre Chavantes e Ipaussu, Chavantes e Canitar, e Canitar e Ourinhos, cada um cobrando R$ 2,28 por passagem.
Foi realizada no último dia 27, na Assembleia Legislativa de São Paulo, mais uma Audiência Pública para debater o projeto de Concessão do Lote Paranapanema. O projeto prevê a implantação de pedágios na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre Ourinhos e Itapetininga. O evento, ocorrido no Auditório Teotônio Vilela, foi presidido pelo deputado estadual Ricardo Madalena (PL) e contou com a presença de prefeitos da região, além de moradores e representantes do movimento "Pedágio Não".
Entre os prefeitos presentes estavam Luizão (PSD), de Ipaussu, Filipe Jacinto (PL), de Chavantes, e Wilson Garcia (PSD), de Bernardino de Campos. Moradores de Canitar também compareceram para expressar sua insatisfação com a proposta de pedagiamento.
O deputado Ricardo Madalena trouxe informações relevantes sobre o projeto, destacando que o Governo de São Paulo subsidiará a concessionária vencedora do certame em R$ 250 milhões por ano, garantindo as melhorias previstas no contrato. A concessão abrange 282,3 quilômetros de rodovias estaduais, incluindo trechos da SP-270 e da Mello Peixoto (SP-278), com um investimento total estimado em R$ 4,7 bilhões.
A iniciativa integra o Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e impactará diretamente 13 municípios da região sudoeste paulista: Angatuba, Bernardino de Campos, Buri, Campina do Monte Alegre, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Itaí, Itapetininga, Ourinhos, Paranapanema, Piraju e Tejupá.
Uma das principais mudanças anunciadas pelo deputado foi a divisão do pedágio que, inicialmente, seria instalado entre Canitar e Chavantes ao custo de R$ 6,86. Agora, serão implementados três pórticos automatizados, com cobranças eletrônicas via tag ou meios digitais em até 15 dias. Os novos pórticos estarão localizados entre Chavantes e Ipaussu, Chavantes e Canitar, e Canitar e Ourinhos, cada um cobrando R$ 2,28 por passagem.
Apesar das adequações no projeto, todos os prefeitos presentes na audiência manifestaram-se contrários à instalação dos pedágios na região. O edital de concessão deve ser lançado em abril, dando continuidade ao processo de implementação do projeto.
Pedágios Previstos
Foram apresentados cinco pedágios ou “pórticos” no trecho. O sistema será automatizado, com cobranças feitas por tag ou via meios digitais em até 15 dias. Os locais e tarifas estimadas são:
• P1 (Angatuba): R$ 6,44
• P2 (Itaí): R$ 11,94
• P3 (Piraju/Tejupá): R$ 4,80
• P4 (Ipaussu/Bernardino de Campos): R$ 5,24
• P5 (Ourinhos/Canitar - Canitar/Chavantes – Chavantes/Ipaussu): R$ 6,86
Os valores foram calculados com base em uma média quilométrica de R$ 14,77 para pistas simples e R$ 20,68 para pistas duplicadas.
Sugestões ainda podem ser enviadas
Os interessados têm até o fim do dia para enviar suas sugestões para a modelagem do projeto por meio de formulário online disponível no site da ARTESP ou pelo e-mail paranapanema@artesp.sp.gov.br. Formulário online.
Melhorias previstas
Entre as principais obras estão:
• Duplicação de 147 quilômetros de rodovias;
• Construção de 29 novas passarelas;
• Implantação de 84 paradas de ônibus;
• Criação de 56 quilômetros de acostamentos e 13 quilômetros de vias marginais;
• Construção de 15 dispositivos em desnível e 39 em nível.
O projeto também prevê melhorias na infraestrutura, como instalação de iluminação LED em áreas urbanas, monitoramento por câmeras CFTV, painéis de mensagens variáveis, cobertura de comunicação sem fio, postos de pesagem e ambulâncias para atendimento pré-hospitalar.
Próximos passos
Após o término da consulta pública, o cronograma do projeto prevê:
• Lançamento do edital: abril de 2025;
• Leilão: julho de 2025;
• Assinatura do contrato: outubro de 2025;
• Início da cobrança de pedágio: outubro de 2026.
Participação pública
Em dezembro de 2024, foram realizadas três audiências públicas para debater o projeto. As sessões ocorreram em Ourinhos e Itapetininga, no formato presencial, e em São Paulo, no formato híbrido. Os encontros reuniram moradores, autoridades e parlamentares, promovendo discussões e ajustes nas propostas.