O Centro Universitário de Ourinhos – UNIFIO marcou o Dia Internacional da Mulher com um ciclo de palestras abordando o tema Violência Psicológica e Suas Implicações na Saúde da Mulher.
O evento muito especial, direcionado à comunidade acadêmica, foi organizado pelos Cursos de Direito, Farmácia, Enfermagem e Psicologia, coordenados, respectivamente, pelo Dr. Fernando Quinteiro, Cristiane Guarido, Juliano Coimbra e Felipe Ferreira Ponto e contou com palestrantes renomados.
As palestras foram ministradas pela delegada Drª Ana Rute de Castro Bertolaso; enfermeira Me. Valéria Cristina dos Santos Carvalho, coordenadora do Departamento de Saúde Mental do Município de Assis; farmacêutico e docente do UNIFIO Dr. Paulo Roque Obreli Neto; pela psicóloga e docente do UNIFIO professora Me. Rita Ferreira da Silva e a psicóloga e, também docente do UNIFIO, Drª Cristiane Pereira Marquezini.
Na abertura do evento uma reflexão: “Dizem que o futuro é feminino, mas para ser feminino, também precisa ser acessível e inclusivo”.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o número de feminicídios no último ano aumentou no país, chegando a 1.467 vítimas, o que significa, para nossa decepção e indignação, o maior resultado desde a criação da lei que criminaliza esse tipo de violência. Lei essa que foi instituída em 2015. Nessa estimativa, os números de mortes são preocupantes, pois no Brasil morrem, em média, 140 mulheres por dia.
As principais vítimas de feminicídio são mulheres negras, com idade entre 18 e 44 anos, chegando a 70% dos casos.
O Feminicídio é um homicídio praticado contra as mulheres simplesmente por ser mulher.
Essa violência se dá pelo menosprezo e subjugação da condição feminina.
Pode ser qualificado como: Violência doméstica familiar, que é a mais comum no Brasil, ou quando a ocorrência se dá pela misoginia (que é o ódio, desprezo ou preconceito), bem como a objetificação da mulher.
Esses números refletem uma tendência preocupante de aumento da violência contra mulheres em diversas regiões do Brasil, nos quais os Estados de São Paulo, Paraná e Bahia são os que lideram o ranking.
Destaca-se então, a necessidade urgente de políticas públicas eficazes, além de uma maior conscientização e educação para promover a igualdade de gênero e prevenir a violência doméstica.
Portanto, eventos como este sublinham a importância de discussões sobre ações coordenadas e efetivas por parte das autoridades e da sociedade civil para reverter essa tendência devastadora.
Em vista destes dados e informações, a intenção do UNIFIO foi promover não apenas um momento festivo, mas fazer uma reflexão da importância do lugar das mulheres na sociedade e das práticas dos profissionais da Saúde.