Ação foi deflagrada em 7 estados do país, com mais de 100 agentes mobilizados para a operação. Em Bauru (SP), adolescente de 17 anos e jovem de 18 anos são suspeitos de crimes de associação criminosa e indução à automutilação.
Adolescente é apreendido e jovem é preso em Bauru durante operação contra rede de crimes de ódio — Foto: Polícia Civil/reprodução
Um adolescente de 17 anos foi apreendido e um jovem de 18 anos foi preso em Bauru (SP) nesta terça-feira(15) durante uma operação contra organização criminosa de crimes digitais. Ação foi deflagrada em 7 estados do país e foi organizada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça (Ciberlab) do Ministério da Justiça.
Em Bauru (SP), os mandados de prisão foram realizados por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
O jovem de 18 anos foi preso suspeito pelos crimes de associação criminosa e induzimento de automutilação. Ele foi encaminhado para a DIG, onde prestou depoimento, e aguarda transferência para a Cadeia Pública de Avaí (SP), onde deve passar pela audiência de custódia.
O adolescente, por sua vez, também é suspeito de estar envolvido nos crimes. Ele prestou depoimento acompanhado da mãe e seguiu para uma cela especial, onde aguarda sua apresentação na Vara da Infância e Juventude de Bauru. Foram apreendidos, com os dois suspeitos, telefones celulares e computadores.
Denominada 'Adolescência Segura', o objetivo da operação é desarticular a organização criminosa voltada à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescente, responsáveis por diversos crimes no ambiente virtual, entre eles:
- Tentativa de homicídio;
- Induzimento e instigação ao suicídio;
- Incentivo à automutilação;
- Armazenamento e divulgação de pornografia infantil;
- Maus-tratos a animais;
- Apologia ao nazismo.
A investigação, iniciada no dia 18 de fevereiro de 2025, quando um morador em situação de rua foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente no Rio de Janeiro, revelou que o grupo se organizava virtualmente, por meio de plataformas criptografadas como Discord e Telegram, onde promoviam desafios e competições, sempre de crimes de ódio. A operação segue em andamento para localizar mais envolvidos na organização criminosa.