Imagens mostrariam momento em que Jorge Ávalos foi surpreendido por onça-pintada. Animal foi capturado e levado para reabilitação
Uma câmera de segurança instalada em uma propriedade rural em Touro Morto, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, teria registrado o momento em que Jorge Ávalos, o “Jorginho”, de 60 anos, foi atacado e devorado por uma onça-pintada. O caso aconteceu na manhã da última segunda-feira (21/4), enquanto o caseiro se dirigia ao deck da propriedade, onde costumava verificar os barcos e coletar mel.
Segundo relato de um sobrinho da vítima, as imagens mostrariam o animal se escondendo atrás da vegetação antes de atacar Jorginho. De acordo com ele, a onça permaneceu imóvel, à espreita, até o momento em que o homem se aproximou.
Jorginho ainda tentou correr de volta para casa, mas foi pego. “Ela deu a volta e cercou ele. Ele tentou voltar para casa, mas viu que não ia dar tempo, então correu em direção ao barco, onde acabou sendo alcançado”, relatou o familiar.
No entanto, as imagens não foram divulgadas.
Ainda de acordo com o sobrinho, o felino já vinha sendo observado na área do pesqueiro onde Jorginho morava e trabalhava. “Ela já monitorava ele, rondava o lugar. Meu tio ficou tranquilo demais, achava que ela só aparecia à noite. Mas ela foi esperta e atacou quando teve chance”, afirmou.
O sobrinho também contou que a rotina do tio era previsível, o que pode ter facilitado a ação da onça. “Ela acompanhava os passos dele, sabia que por volta de 5h30 ele acordava, fazia café e, perto das 6h, ia até os barcos”.
O corpo de Jorge foi encontrado apenas no dia seguinte, após buscas realizadas pela Polícia Militar Ambiental (PMA), que seguiu rastros e marcas de sangue deixados pela onça. Os restos mortais foram encontrados a mais de 50 metros do local do ataque. Segundo os agentes, o animal ainda tentava arrastar a vítima quando foi afugentado por disparos.
Captura do animal
Na madrugada desta quinta-feira (24/4), a Polícia Militar Ambiental capturou um exemplar de onça-pintada que pode ter sido o responsável pelo ataque. O animal, um macho com cerca de 94 quilos, foi encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. O local foi isolado como medida de segurança, e o acesso foi restrito.
A captura contou com o apoio de pesquisadores e surpreendeu as equipes, que inicialmente acreditavam que o animal seria uma fêmea. As autoridades ainda investigam se o felino apreendido é de fato o mesmo envolvido no ataque.
FONTE: METRÓPOLES