Ourinhense viaja ao Vaticano para bênção de Páscoa e é surpreendida pela morte do papa no dia seguinte: 'Difícil de assimilar'

Nilva Elena Borges estava no Vaticano e participou, na manhã de quinta-feira (24), do velório do pontífice, com quem compartilhava a devoção à Maria.

Brasileira presencia bênção de Páscoa e é surpreendida pela morte do papa Francisco no dia seguinte — Foto: Nilva Borges/Arquivo pessoal

A ourinhense Nilva Elena Borges, de 61 anos,que viajou ao Vaticano para acompanhar as celebrações da Semana Santa foi surpreendida pela notícia da morte do papa Francisco, menos de 24 horas após tê-lo visto durante a bênção de Páscoa na Praça São Pedro, em frente à basílica onde o corpo do pontífice seria velado.

Nilva está em Roma desde o dia 14 de abril. Ela faz uma viagem pela Europa iniciada ainda no começo do mês.

A escolha da Itália durante os dias da Semana Santa foi proposital, especialmente pela expectativa de receber a bênção pascal, tradicionalmente proferida pelo papa no Domingo de Páscoa, durante uma missa ao ar livre. Nós estávamos bem pertinho do altar e percebemos que ele estava com dificuldade para falar, mas, em seguida, ele deu uma volta pela praça. Ficamos todos felizes, radiantes com a presença dele", lembra a ourinhense.

Na manhã de segunda-feira (21), enquanto tomava café próximo à Praça São Pedro, Nilva foi informada da morte do papa, que havia visto no dia anterior.

"Quando soubemos do falecimento, ficamos muito tristes, sem acreditar. Saímos de um momento muito alegre, que foi a Páscoa, para um momento de luto. Ainda está difícil de assimilar, mas temos que respeitar essa tristeza, viver o luto e procurar entender a vontade de Deus", relata.

Já na manhã de quinta-feira (24), após aproximadamente três horas na fila, Nilva conseguiu se aproximar do caixão e participar do velório, acompanhada de sua sobrinha. O papa Francisco morreu aos 88 anos, vítima de um AVC.

Nilva conta que sentiu uma emoção profunda, principalmente pela conexão espiritual que sentia com o líder religioso.

"Minha ligação com o papa Francisco vem da maneira como ele era aberto ao diálogo, sua simpatia, alegria e leveza. Compartilhávamos uma devoção muito forte: à Maria, a Mãe de Jesus", diz.

Ela também visitou e registrou o futuro túmulo do papa, que será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, decisão deixada em testamento e que rompe o protocolo tradicional de sepultamento na Basílica de São Pedro.