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| Caso é investigado pela DDM em Ourinhos — Foto: Igor Rosa / TV TEM |
Na manhã de quarta-feira, 09, a Burger 25 enviou uma nota oficial a Imprensa, (leia abaixo) em que um dos sócios da empresa, acusado de assédio sexual e estupro, nega ter praticado tais atos. A Burger 25 afirma na nota, que “a empresa acredita na improcedência das acusações feitas contra um de seus sócios e reafirma seu compromisso com a ética, legalidade e transparência e diz ainda, que durante o inquérito da DDM será comprovada a inocência de seu sócio e a verdadeira motivação de tal campanha difamatória”.
Leia abaixo, a nota oficial na íntegra:
NOTA PÚBLICA À IMPRENSA
“Em atenção ao recente noticiário divulgado pela imprensa, envolvendo o nome de um dos sócios do Burger 25, esclarecemos que tais fatos não são verdadeiros e a inocência do empresário restará devidamente comprovada no decorrer do inquérito policial, instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), a qual conduzirá a investigação com a isenção e imparcialidade, características das autoridades policiais responsáveis. Esta empresa acredita na improcedência das acusações assacadas contra o sócio e reafirma seu compromisso com a ética, legalidade e transparência, princípios que orientam sua atuação desde a fundação, reiterando ter confiança nas instituições responsáveis pela apuração dos fatos, em busca da verdade real, quando será comprovada a verdadeira motivação dessa injusta campanha difamatória. Cumpre consignar que em momento algum, o sócio da empresa recusou-se a prestar esclarecimentos à autoridade policial, realizando depoimento no mesmo dia em que houve a inverídica acusação à DDM, estando impedido de fornecer maiores informações à comunidade, em razão do sigilo decretado sobre referido procedimento apuratório, na forma da lei, observando o devido processo legal”.
BURGUER 25
Entenda o caso
Pelo menos cinco mulheres prestaram depoimento à Delegacia da Mulher de Ourinhos após denunciarem um empresário da cidade por assédio sexual e estupro. Uma das denunciantes contou como o empresário agia. Segundo as vítimas, os crimes ocorriam durante entrevistas de emprego, sempre fora do horário de expediente, quando o estabelecimento ainda estava fechado.
A primeira denúncia levou outras mulheres a procurarem a delegacia e revelarem relatos semelhantes. De acordo com os depoimentos das vítimas, o empresário abordava as candidatas com propostas de cunho sexual em troca de dinheiro, com valores que variavam entre R$ 150 e R$ 500.
"Ele perguntou: 'Quanto de dinheiro que você precisaria? Se alguém te oferecesse tal dinheiro, você faria?' Eu sinceramente congelei naquele momento. Eu perguntei 'mas o que em específico que você tá falando?' Aí foi onde ele falou abertamente a palavra: 'transar'," conta uma das vítimas, que teve a identidade preservada.
Em um dos casos, a conduta do empresário se enquadra como estupro. De acordo com a investigação, ele chegou a tocar o corpo de uma das mulheres sem consentimento. Os abusos aconteciam em momentos em que elas acreditavam estar em uma entrevista séria de trabalho.
"Todas as vezes que ele tinha conversado comigo foi realmente no profissionalismo. E eu fui realmente achando que era aquele cara que ele me mostrou naquela semana.", afirma ainda a vítima.
Investigações em andamento
A Delegacia da Mulher (DDM) informou que já deu início a investigações e reforçou o pedido para que outras possíveis vítimas compareçam à unidade para registrar o boletim de ocorrência e prestar depoimento.
A polícia também trabalha com a possibilidade de que menores de idade estejam entre as vítimas, já que relatos começaram a surgir nas redes sociais. Nesses casos, o comparecimento deve ser feito com um responsável legal.
