De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré (SP), os suspeitos se passavam por atendentes de falsas centrais de banco para enganar as vítimas.

polícia Civil de Avaré (SP) prende suspeitos de estelionato bancário virtual em São Paulo e região do ABC — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Dois suspeitos de aplicar golpes bancários contra idosos e correntistas foram presos pela Polícia Civil de Avaré (SP) durante uma operação no ABC paulista nesta quinta-feira (4).
De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), os suspeitos se passavam por atendentes de falsas centrais de banco para enganar as vítimas. A ação, batizada de Operação Veritas, também cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mauá, Santo André e São Bernardo do Campo, com apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).
Foram presos um homem de 30 anos, morador de Santo André, e uma mulher de 22, moradora de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, eles faziam parte de uma organização criminosa e tinham funções diferentes no esquema, que ia do primeiro contato com as vítimas até a movimentação do dinheiro obtido ilegalmente.
As investigações começaram em Avaré após o registro de um caso em fevereiro deste ano. Uma vítima foi induzida a acreditar que precisava cancelar uma compra fictícia e transferiu R$ 3,4 mil aos golpistas. A fraude era feita por ligações telefônicas e chamadas de vídeo em aplicativos de mensagens, com perfis falsos que usavam imagens de supostos funcionários de bancos.
A polícia apurou outros casos. Em novembro de 2024, uma vítima perdeu mais de R$ 60 mil ao fornecer dados sigilosos. Em março de 2025, uma idosa foi pressionada psicologicamente e chegou a alterar as configurações do celular a pedido dos criminosos. Já em abril, um prejuízo de R$ 15 mil foi rastreado até conexões de internet no ABC. Em maio, um homem permaneceu quase 20 minutos em ligação com uma falsa atendente e transferiu mais de R$ 8 mil.
No cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam celulares, chips, computadores, anotações e outros materiais usados nos golpes. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e calcular o total de prejuízos.