Cometa C/2025 R2 (SWAN), descoberto no dia 11 de setembro, foi fotografado em Piratininga (SP) pelos membros do Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru. Mesmo cometa também foi fotografado em São José do Rio Preto (SP).

Cometa recém-descoberto é fotografado por membros de observatório em Piratininga (SP) — Foto: Observatório de Astronomia Unesp/Demilson Quintão/Guilherme Bellini/Rodolfo Langhi/reprodução
O recém-descoberto Cometa C/2025 R2 (SWAN) foi fotografado por membros do Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru (SP) e por um astrônomo amador de São José do Rio Preto (SP).
A imagem capturada pela equipe composta pelo colaborador sênior Demilson Quintão, por Guilherme Bellini e o professor de astronomia Rodolfo Langhi na quinta-feira (18), é uma união de mais de 40 outras fotos feitas através do telescópio do observatório, captadas durante uma observação no céu noturno de Piratininga (SP), na fazenda no Museu do Café.
“Tivemos que sair da cidade de Bauru, em um lugar longe das luzes da cidade, pois a iluminação pública joga luz para o céu, o que causa o ofuscamento dos astros e impede a visualização do cometa e outras estrelas com qualidade possível para fotografias”, explica Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório.
A equipe chegou ao local antes do pôr-do-sol para montar o equipamento para realizar o alinhamento preciso do telescópio para a astrofotografia. (Veja mais exemplos no vídeo abaixo).
“Foram feitas diversas fotos, as quais depois foram somadas e trabalhadas para produzir esta única imagem. O céu não estava totalmente limpo e as nuvens altas estragaram a qualidade da foto final”, explica Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório.
Já em São José do Rio Preto, o astrônomo amador Jefferson Mazzoni utilizou um telescópio acoplado a uma câmera para capturar o astro, no bairro Vila Elvira, no dia 20 de setembro.
Na imagem, o cometa passa ao lado da estrela Dupla 86 Virginis na constelação de Virgem, momentos após o pôr do sol. O fenômeno não pode ser visto a olho nu e foi perceptível com o uso de equipamentos fotográficos especializados.
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Jefferson Mazzoni registrou cometa em São José do Rio Preto — Foto: Jefferson Renee Benatti Mazzoni/Arquivo pessoal
“Foi bastante recompensador conseguir registrar um cometa interestelar mesmo em meio a poluição luminosa da cidade. Outro desafio é que ele está em uma altitude baixa no céu”.
“Consegui apenas 8 minutos de exposição, em fotos de 30 segundos empilhadas. Utilizei um filtro para amenizar a poluição luminosa e aumentar contraste do céu”, completa o astrônomo.
O cometa foi visto pela primeira vez no dia 11 de setembro, pelo astrônomo independente ucraniano Vladimir Bezugly, após ele observar uma mancha brilhante nas imagens do satélite nomeado Observatório Solar e Heliosférico (Soho), administrado pela Nasa.
Um dia após a descoberta, no dia 13 de setembro, o objeto atingiu seu ponto mais próximo do sol, o chamado periélio, a cerca de 75 milhões de quilômetros da estrela. A aproximação com a Terra está prevista para o fim de outubro.
Já na madrugada do domingo (21), o astrônomo amador captou imagens da nebulosa “Cabeça de Cavalo”, localizada na constelação de Orion. O registro foi feito com uma câmera modificada, em tripé fixo, utilizando a técnica de empilhamento, com duas horas de exposição. Conforme Jefferson, os meses de inverno são considerados o auge da temporada de astronomia no Hemisfério Sul. (Veja abaixo).

Astrônomo fotografa nebulosa ‘Cabeça de Cavalo’ em Rio Preto (SP) — Foto: Jefferson Renee Benatti Mazzoni/Arquivo pessoal