Entre os nomes citados, estão 12 professores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) e um da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU-USP).

USP Bauru tem 13 professores entre os 2% melhores cientistas do mundo, aponta ranking internacional — Foto: USP/ Arquivo

O campus de Bauru da Universidade de São Paulo (USP) tem 13 docentes listados entre os 2% melhores cientistas do mundo, segundo ranking anual elaborado pela Universidade Stanford (EUA).

O levantamento, divulgado em setembro, avalia a influência e o impacto dos pesquisadores com base em citações de artigos, tanto em toda a carreira quanto no recorte de um ano. São analisadas 22 grandes áreas científicas e 174 subáreas.

Entre os nomes citados, estão 12 professores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) e um da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU-USP). Confira a lista abaixo.

Para a diretora da FOB, Marília Buzalaf, um dos nomes indicados, os resultados refletem o impacto de projetos recentes desenvolvidos no campus.

“O que deve ter contribuído, no meu caso, são os resultados do meu projeto temático da Fapesp, em que estamos propondo uma nova estratégia para prevenção da cárie dentária com base na remodelação da película adquirida”, explica.

Laboratório da Faculdade de Odontologia do campus da USP em Bauru — Foto: Divulgação/FOB-USP

A película adquirida é uma camada de proteínas que se fixa ao esmalte dos dentes. Segundo a pesquisadora, a equipe identificou proteínas com alta afinidade pelo mineral presente no esmalte. Essa ligação cria uma barreira que protege os dentes contra ácidos, prevenindo a cárie.

O trabalho já recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, incluindo menções honrosas no Prêmio Capes de Teses, o Prêmio Colgate de Odontologia Preventiva (SBPqO) e, em 2024, o Lemann Research Fund Award, conquistado em parceria com a Harvard School of Dental Medicine.

A docente reforça que o resultado confirma a relevância da odontologia da USP no cenário mundial. Ela destaca ainda que a faculdade tem investido em infraestrutura e no incentivo à produção científica.

“A diretoria da FOB sempre reconhece seus pesquisadores e procura apoiá-los, garantindo condições ideais de pesquisa. Em breve terá início a reforma do CIPI I, para ampliarmos ainda mais a nossa estrutura”, completa.