Veja o que se sabe sobre o caso do médico psiquiatra preso após mais de 20 denúncias de crimes sexuais no interior de SP

Rafael Pascon dos Santos, que atuava em uma clínica particular de Marília (SP) e no Caps de Garça (SP), foi preso na tarde desta quarta-feira (22).

O médico psiquiatra, Rafael Pascon dos Santos, suspeito de importunação sexual e estupro foi preso preventivamente na tarde desta quarta-feira (22), em Marília (SP). Até esta quinta-feira (23), mais de 20 vítimas denunciaram o investigado em delegacias especializadas em três municípios no interior de SP.

O profissional atuava em uma clínica particular de Marília (SP), no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça (SP) e em Lins (SP).

Foram registrados 14 boletins em Marília, sete em Garça e um em Lins (SP). As idades das vítimas variam de 17 a 65 anos, com casos de importunação sexual e estupro ocorridos desde 2011. Abaixo, veja o que se sabe sobre o caso:


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  1. Quem é o médico investigado?
  2. Quantas denúncias existem?
  3. O que dizem as autoridades?
  4. O que diz a defesa do médico?
  5. O que dizem as vítimas?

Quem é o médico investigado?
O médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 42 anos, atuava em uma clínica particular de Marília (SP), no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça (SP) e em Lins (SP).


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O suspeito foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22) após diligências realizadas pela polícia Civil, que cumpriu mandados em sua casa e consultório. Ele passou por audiência de custódia e foi encaminhado para a penitenciária de Gália (SP) nesta quinta (23).

Rafael Pascon dos Santos, que atuava em uma clínica particular de Marília (SP) e no Caps de Garça (SP), foi preso na tarde desta quarta-feira (22) — Foto: Reprodução/Facebook

Quantas denúncias existem?

Até esta quinta-feira (23), a polícia contabilizou 22 boletins de ocorrência registrados nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) de Marília, Garça e Lins. São 14 registros em Marília, sete em Garça e um em Lins.

As vítimas têm idades entre 17 e 65 anos, e os casos teriam ocorrido entre 2011 e 2025. As acusações incluem importunação sexual e estupro.

O que dizem as autoridades?

Em nota à TV TEM, a Prefeitura de Garça informou que pediu o afastamento imediato do médico assim que as primeiras denúncias vieram à tona, encaminhando um pedido formal para a suspensão de suas atividades até o fim das investigações.

O departamento jurídico da associação pela qual o psiquiatra era contratado determinou a rescisão do contrato de trabalho.

O que diz a defesa do médico?

Em nota enviada ao g1, a defesa de Rafael Pascon dos Santos afirmou que ele “manifesta sua profunda perplexidade diante da decretação de sua prisão preventiva, medida extrema e absolutamente desnecessária”.

Os advogados sustentam que o psiquiatra é inocente das acusações e a justiça “reconhecerá a inexistência de elementos concretos que justifiquem a prisão e restabelecerá sua liberdade”.

O que dizem as vítimas?

Segundo a delegada Darlene Rocha, da Delegacia de Defesa da Mulher de Marília (SP), os relatos apontam um padrão de abusos durante consultas médicas, em contextos de vulnerabilidade emocional e relação de confiança entre paciente e profissional.

Em Marília, uma das vítimas relatou à TV TEM que foi estuprada em agosto de 2024, durante uma consulta no consultório particular do médico. Ela disse que o abuso começou quando o psiquiatra a chamou de “gostosa” e, logo depois, a levou de volta à sala e a violentou sexualmente.

“A maior parte do tempo eu realmente travei e fiquei em choque e com medo de fazer alguma coisa, porque estava de noite e o consultório estava vazio. Fiquei com muito medo”, relatou a mulher, que preferiu não se identificar.

Após ver outras denúncias sendo divulgadas, ela decidiu também registrar o boletim de ocorrência. “Por muito tempo eu me silenciei e tentei esquecer, mas uma mulher foi corajosa o suficiente para denunciar e fez com que tudo voltasse à tona de novo para mim.”

Em Garça, há relatos desde 2011. Uma paciente de 65 anos contou que o médico passou a demonstrar comportamentos inapropriados, como abraços e gestos de intimidade, e que, durante uma das consultas, a segurou contra o corpo e encostou o rosto em seu pescoço para “inalar o perfume”.

Vítimas relataram situações de importunação sexual envolvendo o médico psiquiatra em Marília — Foto: Reprodução/TV TEM

Vítimas relataram situações de importunação sexual envolvendo o médico psiquiatra em Marília — Foto: Reprodução/TV TEM

Outra mulher, de 43 anos, disse ter sido beijada à força durante uma consulta em 2022 e que, em choque, interrompeu o acompanhamento médico após o episódio.

Uma jovem de 24 anos também denunciou o médico por importunação sexual ocorrida em 2018, quando ela tinha 17 anos. Segundo o relato, o profissional fez perguntas íntimas e a beijou no canto da boca ao final da consulta. Mesmo com medo, ela precisou retornar para obter receitas médicas, mas passou a evitar qualquer contato físico.

Outra vítima, de 41 anos, afirmou que foi assediada em 2024 no Caps de Garça. Ela relatou que, ao pedir um atestado, o médico fez comentários como “você está bonita, está gostosa” e, em seguida, a segurou contra a mesa e passou a mão por baixo da saia.

Conforme a investigação, o caso agravou o estado psicológico da vítima, que passou a ter crises, aumento de medicação e um surto psicótico no trabalho.


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Fonte: G1

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