Exames de metagenômica são realizados para identificar o patógeno; governo reforça medidas de segurança para profissionais e pacientes
A SSVS (Subsecretaria de Estado de Vigilância em saúde) informou, nesta quarta-feira (29), que os casos suspeitos de contaminação misteriosa no Espírito Santo subiram de 69 para 88.
Do total, 63 envolvem trabalhadores, 10 pacientes e 15 acompanhantes. Um paciente que estava na UTI recebeu alta recentemente, marcando a redução de casos na urgência.
Atualmente, 15 pessoas estão internadas em enfermarias, cinco na UTI e 20 seguem como suspeitas. Entre esses, dez são trabalhadores do Hospital Santa Rita.
O Secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, por meio de novo vídeo publicado nas redes sociais, informou que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir a segurança e o cuidado com pacientes e profissionais.
“O exame de Metagenômica já está em andamento para identificar a causa do patógeno. Se não identificarmos, continuaremos testando e ampliando os testes para identificação”, declarou Hoffmann.
Precaução padrão
O Governo do Estado pede para que a população mantenha as medidas de vigilância padrão. Incluindo:
- Higiene correta das mãos: lave com água e sabonete e/ou friccione as mãos com álcool 70% antes e após qualquer contato com paciente;
- Utilização de luvas e avental quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas;
- Use óculos, máscara e/ou avental quando risco de contato com sangue ou secreções;
- Descarte corretamente em locais apropriados as seringas ou agulhas usadas, sem desconectá-las ou reencapá-las.
Contaminação: primeiros casos
Um surto de infecção que atingiu profissionais do Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, no Espírito Santo, está sendo investigado pela Secretaria de Estado de Saúde. A causa da contaminação ainda é desconhecida.
O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, por meio de vídeo publicado nas redes sociais, classificou o episódio como “uma preocupação grave” e determinou atuação imediata da pasta.
Segundo Hoffmann, a Secretaria de Estado da Saúde foi acionada na segunda-feira (20), quando teve conhecimento da infecção, que afeta profissionais de saúde da rede de hopital privada Hospital Santa Rita, mas que presta serviços à rede estadual. Desde então, equipes de vigilância sanitária e do Laboratório Central (Lassem) trabalham para identificar a origem do surto, evitar novos casos e apoiar o tratamento dos pacientes.
“Estamos intensificando o trabalho com equipes de vigilância epidemiológica hospitalar e grupos de infecção hospitalar, avaliando desde a manutenção de equipamentos até a adoção de medidas de contenção de risco”, afirmou o secretário.
A investigação inclui coleta de amostras de água, superfícies, sangue, urina e exames pulmonares dos profissionais afetados.
De acordo com o laboratório central, mais de 300 alvos estão sendo analisados. A tuberculose e algumas bactérias comuns já foram descartadas.
Atualmente, a investigação avalia a possibilidade de uma infecção de origem bacteriana ou fúngica.
A Sesa segue acompanhando o caso junto à vigilância sanitária estadual e reforça que os protocolos de atendimento no hospital permanecem ativos enquanto as análises continuam.
FONTE: CNN BRASIL
