Câmara de Ourinhos realizará Sessão Solene para entrega de Título de Cidadão Ourinhense ao Dr. Osias de Arruda Mota

Na próxima sexta-feira, 14 de novembro, a Câmara Municipal de Ourinhos realizará Sessão Solene para entrega de Título de Cidadão Ourinhense ao Dr. Osias de Arruda Mota.

O Projeto de Decreto Legislativo que instituiu o Título foi de autoria da vereadora Raquel Spada e aprovado por unanimidade no mês de setembro.

Em sua justificativa, a parlamentar destacou a trajetória de vida do Dr. Osias, marcada pela perseverança, humildade e dedicação à medicina.


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Biografia do homenageado

Osias de Arruda Mota nasceu em 19 de Julho de 1943 na cidade de Maracaí, no estado de São Paulo. Foi o caçula dos seis filhos de José Francelino da Mota e Virginia Cândida da Mota, que deram a todos os descendentes nomes com a letra inicial O. Por ordem de nascimento: Orlando, Odila, Osvaldo, Osmira, Odete e Osias.

Em sua infância na cidade de São Pedro, perto de Arapongas, no Paraná, começou a frequentar a escola, porém logo se mudou pra Mandaguari. O seu relacionamento com os pais sempre foi bom. Seu pai era forte, de porte atlético e trabalhava com serviços pesados. Quando havia algum problema com a família, ele sempre estava à frente para defendê-la. Sua mamãe era auxiliadora, apaziguadora e calma. Até hoje ele sente saudades desse núcleo familiar e diz que sua personalidade foi fortemente marcada por ele.

A simplicidade dos pais foi algo que marcou muito a sua vida. A situação econômica de sua infância foi humilde. Seu pai trabalhava no sítio para sustentar a casa e só tinham dinheiro quando vendiam a safra. Seu primeiro emprego foi aos 8 anos, distribuindo folhetos de propaganda de lojas. O segundo emprego foi engraxate nas ruas de Mandaguari. O terceiro foi como office boy de uma relojoaria. Morou na cidade de Nova Esperança, com aproximadamente 10 anos, e trabalhou com seu pai e irmãos na plantação de arroz, milho e café.

Osias cresceu em uma família evangélica, porém conta que o seu real encontro com Jesus foi aos 11 anos, quando estava lendo a Bíblia e viu a descrição da paixão de Cristo, o que o levou às lágrimas. Este documento foi assinado eletronicamente.

Quando se mudou para Londrina, tinha 13 anos e cursou o quarto ano primário. Nessa época frequentava a Primeira Igreja Presbiteriana Independente pastoreada pelo reverendo Jonas, pastor com o qual fez a sua profissão de fé. Em Londrina interessou-se pela aviação por volta dos seus 16 anos, cuja atuação, entretanto, foi desencorajada por sua mãe. Também exerceu o ofício de sapateiro, o qual abandonou para trabalhar em uma loja chamada Irmãos Fuganti, em que começou como office boy e depois passou a vendedor.

Durante esse emprego, cursou o Tiro de Guerra, no qual ouvia os seus colegas dizendo para qual curso iriam prestar o vestibular. Um de seus colegas ia fazer Medicina e isso o tocou, pois o funcionamento do corpo sempre o intrigou ao cuidar dos animais do sítio. Por ter estudado apenas até o quarto ano primário, ele não tinha muita expectativa; todavia, uma chama ardia em seu coração para lutar pelo seu sonho.

Nesse período de sua vida, fez o Madureza, hoje conhecido como supletivo. Amanheceu muitas vezes estudando, já que o período noturno era o único de que dispunha para isso. Após o término de um namoro e a doença e morte do seu pai, Osias decidiu se dedicar integralmente ao estudo para o vestibular de medicina, abandonando 11 anos de emprego como vendedor na loja Irmãos Fuganti a fim de fazer o cursinho preparatório.

Osias passou no vestibular na Fundação Estadual de Londrina, atual UEL, após um ano de cursinho. Era preciso pagar uma mensalidade no curso de Medicina no valor de um salário-mínimo da sua época, porém por estudar em período integral, ele não conseguia trabalhar, fazendo apenas alguns “bicos” para tentar quitar a faculdade. Zuza, como foi apelidado no meio acadêmico, ia para a faculdade, bastante distante, a pé ou de ônibus. Teve ajuda financeira de alguns de seus irmãos.

Uma vez, em um dia de prova avaliativa, ele foi retirado da sala de aula, pois estava com pagamentos atrasados. Osias relata que não sabe como algumas pessoas de sua igreja ficaram sabendo do fato e quitaram suas dívidas, o que permitiu sua permanência no curso. Os seus colegas de faculdade são considerados sua segunda família, em especial o grupo da letra N a P que cursava junto às mesmas matérias.

Durante a faculdade, ele teve a oportunidade de fazer parte de dois Projetos Rondon, dois ACISO (Ação Cívico-Social) pelo Exército de Apucarana e um Campo Avançado, que era um projeto de extensão em Limoeiro do Norte, no Ceará. Usando a tecnologia de que se dispunha na época, ele gostava de fotografar em slides essas experiências. Uma vez, ele emprestou para uma mulher que morava na cidade de Primeiro de Maio, próximo a Londrina, os slides das fotos que havia tirado no projeto Rondon, mas ela acabou se mudando para perto de Cascavel, e Osias achou que havia perdido suas fotos.

Porém, sem esperar, uma desconhecida o procurou para entregar-lhe as recordações. Nesse momento, ele se apaixonou por ela. Seu nome era Maria Helena Leachi. A partir desse primeiro contato, eles passaram a se encontrar com mais frequência. Nessa época, ele estava fazendo sua residência médica em Nefrologia e Maria Helena foi contratada para trabalhar como secretária deste setor, o que os aproximou ainda mais. Maria Helena foi convidada para a festa de 70 anos de Virginia, mãe de Osias, e ali oficializaram o namoro.

Assim que concluiu sua residência médica em Nefrologia, ele foi convidado pelo Dr Roberto Carvalho para integrar a equipe médica de Ourinhos e se mudou para a cidade. Ele namorou a distância de Janeiro a Dezembro de 1979, quando finalmente se casaram.

Na cidade, compôs o serviço de hemodiálise, clínica médica e intensivistas da UTI. Na igreja, atuou como presbítero e trouxe o ministério de Gideões para Ourinhos. A primeira filha não demorou muito a chegar. Logo em 1981 nascia a filha Geisa, em 1984 a filha Gisele e em 1989 o filho Gesiel.

Em maio de 2021, ele foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda, ocasião em que travou uma batalha pela vida e, com a graça de Deus, vem vencendo.


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Para sua família, sua vida é a prova de que existem milagres! Osias acredita que a vida é um dom de Deus, e tudo o que é deve a Ele: sua profissão, sua esposa e seus filhos. Ele credita a Deus todo louvor, honra e glória.

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