‘Capital do sorvete’: Itápolis produz mais de 500 mil litros da sobremesa por ano

Itápolis, no interior de São Paulo, é considerada a capital nacional do sorvete e produz alguns sabores bem originais.

Um deles leva tomates, manjericão e gotas de limão, pode até parecer uma receita de pizza, mas é sorvete mesmo. Flávio criou um dos sabores de sorvete mais diferentes da cidade. Vem gente até de outros estados para experimentar.

“Sorvete de tomate com manjericão, ele nasce dessa ideia de trazer o conceito do sorvete gastronômico para dentro da loja. Então ele combina, ele tem essa essência de ser um toquezinho mais salgado, essa combinação do agridoce e misturar isso com aquela questão mais festiva, que é happy hour”, explica o chef Flávio Augusto.

São 22 sorveterias com produção própria e segundo a associação do setor, a cidade tem a maior concentração de fabricantes do país. Mais de 400 famílias com origem em Itápolis estão espalhadas pelo Brasil e colaboram com a produção nacional. Para cada região do país, existe um favorito.

“Uma cidade mais do interior, uma cidade aqui mais do interior, que é o sorvete mais antigo, que são os tradicionais. Aí você parte para o Rio de Janeiro, que nós temos também, eles trabalham mais com tapioca, com sorvetes mais de leite integral. A tapioca eles estão habituados a comer na praia. E partindo para o Paraná também, o pistache especial. O Rio de Janeiro também tem o pistache especial, que é um produto caro, mas é maravilhoso, entendeu? Então isso tudo nós fomos descobrindo no dia a dia. Você parte mais para o Nordeste, aí são as frutas mais azedas, as frutas tropicais do cerrado brasileiro”, destaca o empresário do ramo, Edwilson Ricca.

A cidade era forte na produção de laranja, mas no fim da década de 1990, o sorvete mudou a vida e a economia local. Por ano, a cidade produz mais de 500 mil litros da sobremesa.

“Nós estávamos jogando laranja no chão, não tinha mais o que fazer, não tinha para quem vender. E a gente se reinventou no sorvete, que a família estava do meu lado, e foi um item que apareceu para nós por acaso também”, afirma.

E as vendas de sorvetes não movimentam só as empresas do setor. A cidade toda sente o reflexo e até os produtores rurais lucram, já que é das fazendas de Itápolis que vem grande parte das frutas usadas na criação dos sabores.

“Há dois anos e meio surgiu essa parceria com a sorveteria de Itápolis. A gente observa que é bom porque a gente não perde fruta, como a gente pôde ver na colheita da goiaba, o pouquinho que dá, mas a gente agrega valor na venda. Isso gera o faturamento, gera o comércio de Itápolis, e o pessoal pega a fruta fresquinha direto do campo para colocar no sorvete, um sabor um pouco melhor”, explica o engenheiro agrônomo Carlos Eduardo Talon.


Fonte Original: G1 Bauru e Marília

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