Polícia cumpre mandados em 4 estados contra grupo que vendia pornografia infantil na internet; adolescente de Santa Cruz do Rio Pardo é apreendido

Operação “NIX – Oculus Legis”

Criminosos chegaram a ameaçar autoridades ligadas ao Núcleo de Observação e Análise Digital da SSP

A polícia Civil deflagrou na segunda-feira, 11, uma nova fase da operação “NIX – Oculus Legis”, que combate a venda de pornografia infantil na internet, resultando na apreensão de um adolescente de 14 anos no município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). A ação também cumpriu mandados na capital paulista e em outros três estados, atingindo um grupo investigado por crimes cibernéticos, ameaças a autoridades e até indução ao suicídio de vítimas.

O alvo preso na zona rural do bairro Alecrim integrava uma organização criminosa que atuava em plataformas digitais, como o Discord, comercializando material de exploração sexual infantil para diversos estados. Além disso, o grupo é acusado de invadir sites governamentais, inserir dados falsos e lavar dinheiro.

Ameaças a autoridades e crimes graves
Segundo o Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), responsável pelas investigações, os criminosos ameaçaram delegados e agentes públicos após operações anteriores que prenderam líderes da rede. O grupo é vinculado a casos de estupros virtuais, automutilação forçada e incentivo ao suicídio de centenas de adolescentes.

“Esses indivíduos precisam entender que a internet não é terra sem lei”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “O núcleo que criamos na SSP tem uma equipe fazendo um trabalho inédito no país para responsabilizar criminosos que se escondiam no anonimato. As ameaças mostram que estamos no caminho certo.”

Alvos em quatro estados
Além do adolescente detido em Santa Cruz do Rio Pardo, a operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Pernambuco, Paraná e Paraíba. Dois adolescentes também foram alvo de medidas de internação.

Os delegados Dr. Valdir Alves de Oliveira e Dr. Marcelo, que coordenaram as ações no interior, destacaram a complexidade da investigação, que rastreou transações financeiras e a estrutura hierárquica da organização.

Combate à impunidade digital
A operação reforça a atuação de órgãos estaduais contra crimes cibernéticos, que têm se tornado mais frequentes. O NOAD, criado para monitorar atividades ilegais na internet, já desarticulou outras redes similares nos últimos meses.

“Não vamos recuar. A prioridade é proteger vítimas e garantir que a justiça seja feita”, declarou Derrite. Os investigados respondem por formação de quadrilha, pornografia infantil, lavagem de dinheiro e invasão de sistemas – crimes que podem levar a penas de até 15 anos de prisão.

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