Dados da Federação ainda apontam que Comércio da capital também vai crescer acima de 5%; lojas de roupas e farmácias e perfumarias são os destaques
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O Dia das Mães deste ano será promissor para o varejo paulista. Uma das datas mais relevantes para o setor deve superar os obstáculos da inflação e dos juros altos, sendo estimulada pelo mercado de trabalho aquecido e pela renda em elevação. A expectativa é que o faturamento dos segmentos diretamente impactados pela data cresça 5,4% em relação a maio de 2024 [tabela 1]. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Em números absolutos, o faturamento dessas atividades pode atingir R$ 75,3 bilhões, o que representa um salto de R$ 3,86 bilhões em comparação com o ano passado. Vale lembrar que essas informações se referem a números brutos, não considerando a lucratividade dos negócios.
Na análise da FecomercioSP, essa data é relevante para o varejo não apenas pelo impacto econômico, mas também por envolver diversos segmentos do setor. Além disso, muitos consumidores iniciam a busca por presentes com antecedência, já nos meses anteriores, concentrando as compras em maio.
A projeção é que as lojas de móveis e decoração apresentem a maior taxa de crescimento — de 15,8% em relação ao ano passado. No entanto, é importante mencionar que trata-se da atividade de menor receita, sendo comum grandes variações porcentuais para cima ou para baixo. De qualquer forma, as previsões sugerem um aumento na procura por bens duráveis para o lar, possivelmente impulsionado pela ampliação do crédito — apesar dos juros elevados — e pelo desejo de presentear as mães com itens de maior valor agregado.
As lojas de vestuário, tecidos e calçados, ainda bastante combalidas pelos efeitos da pandemia, como a Federação já mostrou em outra pesquisa, também vão crescer neste mês (14,7%), evidenciando a forte relação entre a data e o segmento de roupas.
Farmácias e perfumarias, por sua vez, vão crescer 10%, com projeção de R$ 12,7 bilhões em vendas. O aumento (de R$ 1,17 bilhão) reflete a popularidade de produtos de beleza, cosméticos e itens de autocuidado entre as preferências dos consumidores na hora de presentear as mães, tendência já apontada em pesquisas de intenção de compra em anos anteriores.