‘Clube da Luta’
Conta tinha quase 300 seguidores e já publicou vídeos de lutas entre adolescentes. Perfil, que virou alvo da polícia, foi denunciado e desativado.

Uma página criada por estudantes de uma escola estadual de Paraguaçu Paulista em uma rede social virou alvo da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM) por incentivar a violência. Os agentes reforçaram o patrulhamento na região para prevenir incidentes.
O perfil, que já tinha quase 300 seguidores, convidava os usuários a enviar nomes de pessoas para que brigas fossem marcadas e filmadas.
Com quatro gravações publicadas, o perfil tinha na biografia uma mensagem incentivando a violência: “Manda o nome de vocês, se você quiser briga, é o nome de fulano que vamos agendar. Aceitamos vídeos e fofocas, boatos e tudo, um beijo”.
As postagens mostravam lutas agendadas entre estudantes, e as autoridades temem que essa prática possa resultar em episódios ainda mais graves.
Em entrevista, o subtenente da Polícia Militar, João Alex Nogueira, afirmou que o patrulhamento na região da escola foi reforçado por meio da Ronda Escolar e da Atividade Delegada para prevenir novas ocorrências.

“Estamos redirecionando e intensificando o patrulhamento, com vistas à escola para prevenir que novos atos desses aconteçam. O receio é que outras crianças, outros jovens, sejam influenciados e isso possa se tornar uma problemática em outras escolas”, explicou o subtenente.
O comandante da GCM, Alan Maurílio de Moraes, informou que as ações serão feitas em conjunto com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar, e pediu que pais, responsáveis e alunos denunciem o perfil para que ele seja derrubado.

“A conta deve ser denunciada ao máximo para ser derrubada. É preciso que pais, alunos, mesmo alunos que são contra, por favor, denunciem essa conta para a gente”, pediu o comandante.
Após os pedidos das autoridades, foram realizadas denúncias e, até a última atualização desta reportagem, às 20h desta quinta-feira (14), a página estava inativa e fora do ar.

Outro lado
Em nota, a Secretaria Estadual da educação disse repudiar qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar e informou que tem atuado para coibir comportamentos violentos.
O órgão ainda destacou que, desde 2023, conta com psicólogos pelo programa Psicólogo nas Escolas, além de mais de mil vigilantes desarmados para reforçar a segurança nas unidades estaduais.