
Na quarta-feira, 17, em entrevista ao Tribuna Ourinhense, o secretário municipal de saúde, Diego Singolani esclareceu as mudanças relativas à gestão da UPA, cujo contrato com a Santa Casa se encerra no próximo dia 30 e não será renovado, por decisão da própria Entidade. “Desde o início da gestão em janeiro, a diretoria da Santa Casa manifestou que não tinha interesse em renovar o contrato e dar continuidade a esta parceria com a prefeitura de Ourinhos, por esse motivo, teremos que contratar uma nova empresa para assumir a gestão da UPA”, informou.
De acordo com Singolani, a nova empresa a gerir a UPA, assim como o PA da Cohab e do Postão será escolhida por meio de licitação pública, o que deve ocorrer dentro de 90 dias. No entanto, o secretário de Saúde tranquilizou a população em relação ao atendimento na UPA, que segundo ele não será afetado. “Existem duas possibilidades: ou fazemos um aditivo de contrato até 31 dezembro com a Santa Casa, desde que haja a concordância da sua diretoria ou caso isso não aconteça, faremos um contrato emergencial para a contratação de uma empresa até o final de dezembro. O que posso garantir é que a população não ficará sem atendimento na UPA”, afirmou.
Unificação e redução de custos
Durante a entrevista, Singolani ressaltou que o contrato atual da Prefeitura com a Santa Casa é de R$ 3,3 milhões por mês e juntamente com o contrato com a ABEDESC que é de R$ 3 milhões, chega aos R$ 6,3 milhões e que o objetivo da Prefeitura é unificar os dois contratos em um único, que será gerido pela empresa vencedora da licitação pública, que deverá ter edital publicado nesta quinta-feira, 18, cujo contrato prevê uma redução significativa de valores. “A prefeitura atualmente não dispõe desse recurso, no ano passado foi possível, devido a venda da SAE, que trouxe um incremento de quase R$ 300 milhões, no entanto, este ano não existe mais esse valor adicional, portanto teremos que reduzir custos para equacionar isso, sem causar prejuízo no atendimento à população, mantendo a mesma estrutura existente atualmente”, explicou.
Segundo Singolani, com a unificação dos contratos da UPA e da ABEDESC em uma única licitação, o valor mensal despendido passará a ser de R$ 5 milhões mensais, o que, de acordo com ele, trará uma economia de R$ 1,5 milhão por mês e R$ 18 milhões ao ano. “Outra medida que pretendemos implantar paulatinamente até o mês de dezembro de 2026 é a diminuição dos funcionários terceirizados. Atualmente, a proporção é de 50% de funcionários concursados e a outra metade de terceirizados. Já chamamos 40 novos funcionários concursados e nos próximos dias deveremos chamar mais alguns. Nosso intuito é de forma progressiva e sem trazer nenhum prejuízo no atendimento a população, é ir substituindo os terceirizados por concursados, para desta forma diminuir os custos e melhorar ainda mais o atendimento oferecido à população”, revelou.
Cirurgias eletivas
Por fim, o secretário de Saúde abordou outro tema muito importante e que nos últimos anos tem se agravado: a fila de espera para a realização de cirurgias eletivas, que hoje passa de 5 mil pessoas e deu uma boa notícia para a população. “Nós conseguimos reservar um recurso de R$1, 6 milhão (um milhão e seiscentos mil) para a realização de cirurgias eletivas e acabou de chegar o termo assinado com a Santa Casa e já no mês de outubro, elas já começarão a ser feitas. Além disso, com a economia de R$ 18 milhões ao ano, que teremos, acredito que até dezembro de 2026, iremos diminuir de forma significativa essa fila das cirurgias eletivas. Nosso intuito é com essa redução de custos, destinar cerca de R$500 mil mensais, para realização de cirurgias eletivas, o que daria somente no ano de 2026, R$ 6 milhões, o que logicamente não dá para zerar a fila, já que ela está represada ao longo dos últimos anos e a cada dia, esse número aumenta. Então nós vamos iniciar pelas cirurgias ginecológicas, ou seja, vamos começar pelas cirurgias de menor porte, para na sequência fazermos as de grande porte, que é o que será combinado com a Santa Casa”, concluiu.