A Verdadeira Função do Ácido Hialurônico: Muito Além do que Contam nas Redes Sociais

Por Dr. Gabriel Teles – Esteticista

Ele está nos dermocosméticos, nos séruns anti-idade, nos tratamentos de consultório e nas embalagens mais desejadas das prateleiras. É citado por influenciadores, dermatologistas, amantes de skincare e até por quem não sabe exatamente o que ele faz. O ácido hialurônico se tornou o queridinho da estética moderna mas será que você realmente conhece esse ativo tão famoso?

O que poucos sabem é que o ácido hialurônico não é uma “substância da moda”. Na verdade, ele sempre esteve dentro de nós. O corpo humano o produz naturalmente para manter articulações lubrificadas, olhos hidratados e, claro, a pele firme, elástica e luminosa. Aproximadamente 50% de todo o ácido hialurônico do corpo está concentrado na pele, onde funciona como uma verdadeira esponja capaz de atrair e reter até mil vezes seu peso em água. É essa capacidade extraordinária de hidratação que faz a pele parecer viçosa, elástica e jovem.


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Mas existe uma curiosidade que nem todo mundo conhece: por volta dos 25 anos, nossa produção natural começa a diminuir. A pele perde água com mais facilidade, fica menos densa e mais propensa a marcar. Por isso, o ácido hialurônico passou a ocupar espaço não apenas em laboratório, mas também no nécessaire. Ele devolve aquilo que o tempo, o clima, o estresse e a rotina tiraram.

No skincare, sua função é simples e poderosa: hidratar profundamente. Ele não preenche, não muda o formato do rosto e não altera estruturas. O ácido hialurônico cosmético age na superfície, criando um reservatório de água que melhora imediatamente o toque, o brilho natural e a sensação de maciez.

Já nos consultórios, o mesmo ativo ganha outra forma e outra função. Quando utilizado como bioestimulante leve ou como preenchedor, pode oferecer sustentação, definição e até reposicionar áreas que perderam firmeza. Isso acontece porque diferentes versões do ácido hialurônico possuem tamanhos de moléculas e densidades distintas. Algumas são extremamente leves, perfeitas para hidratação profunda da pele; outras são mais estruturadas, indicadas para contorno facial, sustentação e pontos estratégicos de rejuvenescimento.

Em outras palavras: não existe “um” ácido hialurônico, existem muitos. Cada um com um comportamento, uma indicação e um resultado.

Outra curiosidade fascinante é sua relação com a naturalidade. Ao contrário do que muitos imaginam, o ácido hialurônico não deixa ninguém artificial por si só. Como ele já está presente no corpo humano, o organismo reconhece e integra o ativo com facilidade. O que diferencia um resultado natural de um resultado exagerado não é o produto, e sim a técnica, a escolha do tipo certo e a quantidade utilizada.

Além disso, o ácido hialurônico também tem sido estudado em áreas inesperadas: saúde ocular, ortopedia, cicatrização e até lubrificação de mucosas. Seu potencial vai muito além da estética  ele é um elemento vital do bem-estar humano.

No fim, o ácido hialurônico é mais do que um ingrediente da moda: é um protagonista silencioso da juventude da pele e um aliado versátil da saúde. Ele hidrata, protege, sustenta e devolve equilíbrio ao rosto sem que ninguém perceba que houve intervenção. É a tecnologia trabalhando a favor da naturalidade  exatamente como a estética moderna deseja.

E talvez essa seja a maior curiosidade de todas: mesmo tão famoso, tão falado e tão procurado, o ácido hialurônico continua surpreendendo, porque sua maior força não está no exagero, mas na sutileza.

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