Em entrevista exclusiva ao Tribuna Ourinhense, na quarta-feira (08), o empresário ourinhense Alexandre Mariani, sócio proprietário do Grupo Nunes- Nunes Magazine e Spasso Esportivo, falou sobre a situação atual da economia no Brasil e de que forma repercute junto ao comércio em Ourinhos, a sua expectativa para as vendas de Natal, considerada a data mais importante para os comerciantes, além de fazer uma projeção de como poderá ser o ano de 2026. “Com a taxa de juros alta da forma como está, nós como empresários e comerciantes, temos que ter muita cautela, costumo dizer que temos que ‘errar menos’, principalmente na relação de venda e compra, não comprar em excesso, não deixar sobrar estoque, é uma realidade mercadológica, e você agrega isso a toda situação existente hoje, do Congresso, Governo Federal, Estadual e Municipal, e nós ficamos muito preocupados. É claro que o Brasil já viveu muitas crises econômicas, mas não por um período tão longo, já que tivemos uma pandemia de quase 2 anos, que trouxe sequelas e efeitos na Economia até hoje. Temos que ser realistas, o dinheiro está curto para todos, e as pessoas as vezes até tem vontade de gastar, mas percebemos que o mês está mais espremido para as pessoas que sobrevivem dos seus salários, então se tínhamos vendas ao longo de todo o mês, vemos que hoje essas vendas se restringem entre o dia 05 que é quando a imensa maioria dos assalariados recebem seu pagamento e o dia 15, quando o consumidor passa a ter que segurar o dinheiro e não ter gastos extras, a fim que seu salário dure o mês todo até o próximo pagamento. Além disto, atualmente têm crescido muito o número de compras via online e isso faz diminuir o fluxo de pessoas vindo a loja, e temos que nos adequar e oferecer também este serviço”, explicou.
Em relação as compras de Natal, Mariani considera que as vendas devem ser semelhantes à do ano passado. “Nossa expectativa e trabalho neste sentido é investir nas mídias sociais para que consigamos manter os mesmos índices do Natal do ano passado. No entanto, o que não apenas eu percebo, mas o que ouço a grande maioria dos comerciantes falar, é que em termos de volume de venda ao longo deste ano, estamos mantendo, no entanto, em termos de números de venda está encolhendo, então estamos mantendo o faturamento, mas não o número de vendas que fazíamos antes”, revelou.
Por fim, o empresário ourinhense falou sobre como os empresários e comerciantes têm se adaptado a atual situação da Economia do país. “Com esta taxa de juros que temos e enquanto não abaixar, nós como empresários temos que tomar muito cuidado, olhar com muito carinho a questão do estoque, pois, hoje, por incrível que pareça, nós somos obrigados a falar que é melhor faltar do que sobrar, para não ter prejuízo, porque mercadoria parada, é dinheiro parado. Então hoje podemos perceber que todas as lojas estão trabalhando mais enxutas, com menos colaboradores e essa é uma tendência que se manterá até que a taxa de juros diminua e a situação da Economia do país melhore”, considera.
