Os moradores do Jardim São Silvestre sofrem há mais de 10 anos, com uma empresa de borracharia que utiliza a travessa que liga as ruas Dário Alonso e Pedro Migliari Tico como ‘centro de serviços’, onde estacionam diversos caminhões que ocupam todo o espaço, durante o dia inteiro, trazendo enormes transtornos e que na sexta-feira, 18, causou um acidente que poderia ter tido graves consequências para as pessoas que residem nas casas próximas ao local.
Em entrevista ao Tribuna Ourinhense, Marcus Vinícius Galo Sordi, que reside na rua Dário Alonso há 22 anos, nos contou que desde 2019 tenta regularizar a situação, impedindo que os caminhões continuem a estacionar em locais proibidos e tomando conta do espaço público. “Desde 2019, que protocolei reclamação na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, cujo número do processo é 14.263/2019, o qual jamais recebi sequer resposta nenhuma. Neste ano de abri um outro protocolo com o número de processo 30212/2025, junto ao Setor de Fiscalização e Posturas que foi ao local e constatou que é irregular um caminhão-tanque estacionar em via pública de local habilitado. Aí o Setor de Posturas encaminhou o laudo de vistoria para a Segurança Pública, a fim que tomassem as providências de multar, guinchar e tirar os caminhões de lá, e até o momento não houve nenhuma resposta formal, apenas fui informado informalmente pelo Comandante da GCM, que quem pode ver a situação da proibição de estacionamento é o setor de Mobilidade Urbana da Prefeitura e somente depois que eles proibirem o estacionamento é que a GCM poderá ir ao local e tomar as devidas providências. A verdade é que fica esse jogo de empurra de um lugar pro outro e a nossa situação continua a mesma e o que aconteceu hoje (o acidente) só mostra que estamos sob risco constante aqui e não temos mais paz em nossas vidas”, ressaltou.
Acidente causa queda de energia
Na sexta-feira, 18, um caminhão canavieiro bateu em um poste, na Rua Dário Alonso, causando a queda do poste e do transformador que pegou fogo e deixou todo o bairro sem energia, além de criar um clima de muito medo entre os moradores, de que algo pior poderia ter acontecido. “Por sorte, era um caminhão canavieiro, se fosse um desses caminhões-tanque com combustível, poderia ter causado uma explosão, matar minha mãe e minha filha que estavam em casa na hora do acidente. Isso é um absurdo, nossa vida virou um inferno e ninguém toma uma providência, acho que só vão fazer algo quando morrer alguém aqui”, afirmou Marcus.
O acidente aconteceu na mesma rua onde funciona há muitos anos o tradicional clube Afusca, fato que provocou indignação a sua diretoria. Terezinha Mantovani, presidente da Afusca postou um comentário no post feito por Marcus em sua página pessoal de uma rede social em que relatou com vídeos, o ocorrido e a situação existente há anos neste local. “Como presidente da Afusca, Associação dos Funcionários da Santa Casa, com sede nesta rua, também já fiz várias solicitações. Além do trânsito intenso de caminhões, nunca recebeu recapeamento, assim como as travessas. Não tem calçadas, pois estas, quando não são parte das oficinas, estão tomadas por mato alto e a iluminação também é péssima”, diz o post. Veja abaixo.
