Veja como está o Rio de Janeiro hoje, um dia após a megaoperação policial paralisar a rotina da cidade

Hospitais, escolas e transporte: veja como está o Rio de Janeiro hoje após megaoperação letal
Foto: Reprodução CNN
O Rio de Janeiro amanheceu nesta quarta-feira (29) sentindo os impactos da megaoperação policial de ontem (28), episódio que tem sido noticiado pela imprensa internacional como “caos colossal” e “dia letal”.
Com 64 mortes registradas, 81 presos e fileiras de corpos em praça pública, a cidade voltou ao estágio de atenção nível 1, ou seja, sem ocorrências de grande impacto. Apesar disso, moradores ainda passam por momento de medo enquanto enfrentam impactos em diversos setores.
Universidades e escolas: como está o Rio de Janeiro hoje
Segundo informações do UOL, algumas universidades como a UFRJ, UERJ E UFF cancelaram o expediente nesta manhã. As instituições ainda devem divulgar a projeção para a tarde e para a noite.
Além disso, seis escolas estaduais estão com as aulas suspensas. Os diretores tiveram autonomia para decidir, conforme informou a Secretaria Estadual de educação. Já a Rede Municipal de Ensino não informou sobre a retomada.
Transportes seguem funcionando
Os sistemas VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), MetrôRio, SuperVia e barcas devem operar normalmente. Ainda, a Rodoviário do Rio segue sem alterações. Entretanto, recomenda-se que os passageiros confirmem os dados das passagens com as empresas. De acordo com “todas as vias estão liberadas para o tráfego de veículos”.
Hospitais e UPAs
Hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) seguem funcionando.
Como a megaoperação impactou a vida de moradores do Rio
Na terça-feira, dia da megaoperação, as rotinas de diversos moradores foram afetadas.
A professora Marise Flor ficou no meio de um tiroteio ao pegar um ônibus de volta para casa, contou a Agência Brasil. O filho chegou a tentar buscá-la de carro, mas não conseguiu passar pelos bloqueios. Ela precisou descer na estação Outeiro Santo, no corredor Transolímpica, em Jacarepaguá, na zona oeste por causa das barricadas, montadas pelas facções criminosas.
Segundo ela, os policiais militares chegaram e atiraram para dispersar os moradores que insistiam em permanecer no local. Neste momento, Marise Flor voltou para dentro da estação para fugir dos tiros. “Entrei na estação de volta por baixo da roleta para me esconder dos tiros”.

Facções queimaram carros para impedir a entrada da polícia no Rio de Janeiro ontem. Entenda como está o Rio de Janeiro hoje | Foto: Reprodução/X
A professora tentou pegar um carro de aplicativo. “Só depois consegui sair da estação. Meu filho conseguiu me pegar e cheguei em casa”.
O dia de “guerra” também afetou o dia da atendente de um quiosque de sorvete em um supermercado no Engenho Novo, Mariana Colbert, de 24 anos e grávida de 4 meses. Ela conta que às 8h30 as ruas onde vive, no Engenho da Rainha, já estavam fechadas.
De acordo com a jovem, três ônibus estavam atravessados na pista. Mais de 50 ônibus foram utilizados como barricadas no Rio de Janeiro.

Esta foi a maior operação dos últimos 15 anos, segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Veja como está o Rio de Janeiro hoje | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/ND Mais
Ela teve de caminhar até Inhaúma para pegar um ônibus em direção ao trabalho. Mariana Colbert conta que o motorista mudou o itinerário para evitar passar na comunidade comandada pela facção Comando Vermelho, alvo da megaoperação policial.
“Levei uma hora para chegar ao trabalho, mas ainda consegui chegar. Muita gente não foi trabalhar, muitas lojas ficaram fechadas. Quando deu 16h fui liberada. Peguei um Uber, que estava mais caro, mas consegui chegar rápido em casa. Quando voltei [para casa], a pista já estava liberada e tinha muita polícia nas ruas”, relata.
*Com informações do UOL
FONTE: ND+











