Mulher que salvou brasileira de estupro em trem será condecorada em Paris

Foi uma mulher quem salvou uma brasileira de estupro em Paris. Pela bravura, ela será condecorada pelo governo local. – Foto: Instagram Jhordana Dias

A mulher que salvou uma brasileira de um estupro em Paris será reconhecida como heroína, merecidamente. Marguerite estava no mesmo trem que Jhordana Dias, de 26 anos, quando a jovem sofreu uma agressão sexual.

O gesto da salvadora foi elogiado por autoridades e pela imprensa de todo o mundo e, agora, a presidente da região de Île-de-France, Valérie Pécresse, anunciou que ela receberá a medalha de Île-de-France, uma das distinções mais importantes concedidas a cidadãos por atos de bravura e solidariedade.


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“Para mim é inconcebível não fazer nada. Ou você faz alguma coisa ou vai lamentar por toda a sua vida”, contou Marguerite ao jornal Le Parisien. Ao perceber o agressor sobre a vítima, ela gritou pedindo que parasse. O homem se voltou contra ela, mas a passageira pegou o celular, anunciou que filmaria e chamaria a polícia.

Relembre o caso

O episódio aconteceu dentro de um vagão quase vazio de uma linha regional de trem. Jhordana Dias foi atacada por um homem, que a agredia sexualmente, quando começou a gritar por ajuda. Alertada pelos gritos, Marguerite interveio imediatamente.

O agressor fugiu assim que o trem parou na estação seguinte. O vídeo gravado por Marguerite, que mostrava o rosto do homem, foi determinante para que a polícia o localizasse e o prendesse poucos dias depois, segundo informações da Rádio França Internacional (RFI).

Marguerite, de 40 anos, é diretora de uma escola em Val-de-Marne e também administra outra instituição na região de Val-d’Oise. Antes de atuar na educação, trabalhou em aproximadamente quinze centros de acolhimento de emergência para pessoas em situação de rua.

Como enfrentou o agressor

A experiência profissional ajudou a francesa a lidar com situações de tensão.

“Aprendi a lidar com pessoas violentas, às vezes alcoolizadas. Se você mostrar que tem medo, acabou. Ele viu que eu não tinha medo”, afirmou em entrevista à France Télévisions.

Ela explicou ainda que costuma usar o tom de voz como ferramenta para controlar situações difíceis — um hábito desenvolvido ao longo dos anos de trabalho com o público.

A data da cerimônia de condecoração da salvadora ainda não foi definida, mas a homenagem reconhece a coragem e a rapidez com que Marguerite agiu para salvar a brasileira.

O caso, ocorrido em Val-de-Marne, no leste de Paris, reacendeu o debate sobre segurança no transporte público e o papel de testemunhas em situações de emergência.

Em situações assim, não se cale!

Veja o depoimento da brasileira que virou documentário na tv francesa:

FONTE: SNB

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