Relatório encaminhado ao Ministério Público nesta terça-feira (2) descartou tentativa de latrocínio e apontou crimes de lesão corporal e injúria qualificada por homofobia.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru(SP) concluiu o inquérito sobre a agressão sofrida pelo fotógrafo Bruno Unikowsky Rangel, em julho de 2025, e indiciou seis pessoas pelos crimes de lesão corporal e injúria qualificada por preconceito.
O relatório foi encaminhado pela polícia ao Ministério Público nesta terça-feira (2). Nenhum dos envolvidos teve a prisão solicitada. O g1 tenta contato com a defesa dos suspeitos.
Segundo Clédson Luís do Nascimento, delegado responsável pelo caso, não houve tentativa de latrocínio, como constava no boletim de ocorrência.
A hipótese foi descartada porque os pertences de Bruno foram encontrados no local da confusão e entregues à recepção da casa noturna.

Imagem gravada em celular mostra tumulto que resultou em agressão ao fotógrafo Bruno Unikowsky (jaqueta bege), na avenida Getúlio Vargas, em Bauru — Foto: Reprodução/TV TEM
Como foi a agressão
O fotógrafo Bruno Unikowsky, de 34 anos, foi agredido na madrugada de 14 de julho, na Avenida Getúlio Vargas, em Bauru, após sair de uma boate. Segundo o inquérito, o ataque foi motivado por homofobia.
Imagens registradas por testemunhas mostram o tumulto na calçada, com várias pessoas correndo. Em determinado momento, um grupo cercou Bruno e iniciou as agressões. Assista ao vídeo acima.
Segundo o depoimento à Polícia Civil, Bruno disse que foi alvo de insultos homofóbicos feitos por ocupantes de uma caminhonete parada em frente à casa noturna.
Ao tentar recuperar objetos pessoais levados por um dos envolvidos, ele foi espancado com socos e chutes. O fotógrafo sofreu luxação em duas costelas, lesões na mão e outros ferimentos.
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Bruno foi espancado após sair de uma boate, neste domingo (13), em Bauru — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Durante a confusão, Bruno conseguiu arrancar a placa do veículo onde estavam os agressores, que seria da cidade de Marília (SP). O item foi entregue à polícia pelo irmão da vítima.
Natural de Porto Alegre (RS) e morador em Londres, Bruno visitava o irmão em Bauru quando foi alvo da violência.