
Em pleno mês de dezembro, quando muitos servidores já se organizam financeiramente para as despesas de fim de ano, a gestão do prefeito Guilherme Gonçalves surpreendeu ao exonerar quase 280 servidores municipais de suas Funções de Confiança (Fcs).
A decisão, publicada na edição desta terça-feira (02) do Diário Oficial do Município por meio da Portaria nº 1352/2025, retirou gratificações que variavam de R$ 700 a R$ 3 mil, valores que complementavam o salário de servidores concursados que exerciam funções de chefia, direção ou assessoramento.

Apesar de o prefeito ter divulgado em suas redes sociais que “cerca de 400 servidores” foram exonerados — informação que não corresponde ao total publicado —, o ato não atinge os cargos comissionados, que seguem todos na estrutura da Prefeitura.
Nas redes sociais, o prefeito apresentou as exonerações como parte de uma futura reestruturação administrativa. Porém, segundo informações apuradas, a decisão também está relacionada à tentativa de reduzir gastos da folha de pagamento, já que a Prefeitura pode fechar o ano com um déficit superior a R$ 110 milhões.
Mesmo assim, o impacto financeiro das FCs não passa de R$ 500 mil mensais, conforme apuração da reportagem — valor considerado pequeno diante do rombo projetado. Caso o objetivo fosse realmente reduzir despesas, o corte de contratos de empresas terceirizadas poderia representar uma economia muito mais significativa ao município.
Entre as pastas, a Secretaria Municipal de saúde foi a mais afetada, registrando 44 exonerações de Função de Confiança.
Comissionados seguem intocáveis
Apesar do discurso do prefeito nas redes sociais, nenhuma exoneração de cargo comissionado foi publicada até o momento. Isso porque uma demissão em massa de servidores de livre nomeação acarretaria um alto custo em rescisões e revisões contratuais, algo considerado inviável diante do atual cenário de contas no vermelho.
Fonte: Voz de Ourinhos











