Saúde de Ourinhos fecha o ano sob críticas, falta de avanços e incertezas para 2026

A saúde pública de Ourinhos encerra o ano em meio a uma série de problemas que têm impactado diretamente o atendimento à população.

De promessas não executadas a atrasos de pagamentos e dificuldades estruturais, o setor enfrenta um momento delicado que gera incerteza sobre o que pode acontecer em 2026. 2025 iniciou com projetos que não foram cumpridos até o momento.

Em fevereiro, o prefeito Guilherme anunciou a criação de 20 novos leitos hospitalares e a implantação de um ambulatório de feridas. Entretanto, até o momento, ambos serviços não foram entregues. Entregou apenas a farmácia na UPA e o SAMU Municipal.


--- Publicidade 1 ---

Anúncio 1

Ao longo do ano, novos problemas surgiram ou se agravaram. Um dos mais sensíveis envolve as cirurgias eletivas. Embora a Secretaria de Saúde já tenha consumido mais de 30% do orçamento total, nenhum mutirão foi realizado, mantendo pacientes por meses — e até anos — à espera de procedimentos essenciais.

A falta de medicamentos na farmácia municipal também se tornou recorrente, com moradores de diversos bairros relatando dificuldade para obter remédios básicos.

No campo jurídico, a gestão enfrenta questionamentos importantes. O Ministério Público determinou o desligamento dos funcionários contratados pela empresa ABEDESC e a convocação dos concursados.

Paralelamente, 2025 foi marcado por denúncias de atrasos no pagamento de médicos e no repasse de recursos para a Santa Casa de Ourinhos, que até novembro era responsável pela gestão da UPA.

As dificuldades financeiras se estenderam ainda ao não repasse de emendas parlamentares destinadas tanto à Santa Casa quanto ao RECCO.

Segundo informações, os valores teriam sido utilizados para cobrir outras despesas da Prefeitura, deixando as instituições sem os recursos previstos para custeio.

Outro episódio relevante foi a suspensão do chamamento público da saúde pelo Tribunal de Contas do Estado, após a identificação de indícios de irregularidades no processo.

A decisão contribuiu para o rompimento da parceria com a Santa Casa, que anteriormente auxiliava na gestão da UPA. Enquanto isso, o SAMU opera em condições consideradas preocupantes.

Viaturas circulam com pneus carecas, portas quebradas e sem ar-condicionado. Outras permanecem paradas em oficinas de Santa Cruz do Rio Pardo por falta de verba para manutenção, comprometendo a capacidade de resposta em situações de emergência

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Visitados