Vacinação em massa contra dengue: estudo sobre imunizante do Butantan começa em fevereiro em Botucatu

A Prefeitura de Botucatu (SP), cidade de 145 mil moradores no interior de São Paulo, anunciou que realizará a vacinação em massa contra a dengue no dia 1º de fevereiro de 2026, em parceria com o Ministério da saúde e a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp).

A reunião para definir a data e organizar o sistema de vacinação, que seguirá o modelo utilizado durante a pandemia da Covid-19(relembre abaixo), foi realizada nesta quarta-feira (17).

A estratégia é vacinar até 50% da população entre 15 e 59 anos para medir o impacto real da nova vacina Butantan-DV, produzida pelo Instituto Butantan. O imunizante será aplicado em dose única e pode ser administrado mesmo em pessoas que já tiveram dengue.

A vacina teve o registro publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (8) e reforçará o estoque disponível para aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo gradualmente a ampliação do público-alvo, que hoje é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Conforme a Prefeitura, a vacinação pode reduzir em até 80% as internações e prevenir cerca de 50% dos óbitos relacionados à doença. O cronograma detalhado, os locais de vacinação e as orientações específicas ainda serão divulgados nos canais oficiais do município.

Vacinação em massa da Covid-19

Em 2021, Botucatu já havia ganhado destaque nacional ao ser escolhida para uma vacinação em massa contra a Covid-19, que envolveu toda a população adulta e avaliou a efetividade da vacina AstraZeneca, produzida no Brasil em parceria com a Fiocruz.

Na imunização em massa contra a Covid-19, Botucatu foi praticamente a única a receber a vacinação de forma exclusiva e pioneira, permitindo medir com precisão a proteção contra infecções, casos graves, internações e mortes.

Na época, a cidade de Serrana (SP) já havia iniciado um estudo da vacinação da população, mas com uso da CoronaVac.

“Nenhum município, até aquele momento, tinha vacinado toda a sua população adulta de uma vez. Mesmo em Serrana, a ideia era diferente. Eles vacinavam um bairro e, aí, eles comparavam aquele bairro com os outros bairros da cidade. Eles ficavam vacinando bairro a bairro com a vacina CoronaVac”, destaca o médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Unesp Botucatu Carlos Magno Fortaleza, coordenador da pesquisa à época.


Fonte Original: G1 Bauru e Marília

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